Por outro lado as compras chinesas de carne suína dos EUA aumentaram acentuadamente em 2020, em 75%, para um recorde de US$ 2,3 bilhões

Os dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmaram que, em 2020, as importações chinesas de produtos agrícolas americanos ficaram significativamente aquém da meta estabelecida para a fase 1 do acordo comercial entre os dois países. A China importou US$ 28,75 bilhões em itens agrícolas produzidos pelos EUA no ano passado. O valor acertado era de US$ 36,5 bilhões.

Em relatório, a analista Michaela Helbing-Kuhl, do Commerzbank, lembra que essa negociação marcou o fim da fase mais acirrada da disputa comercial entre os países. Um componente-chave do acordo foi que a China se comprometeu a importar mais produtos agrícolas dos EUA do que antes do conflito comercial – com os US$ 24 bilhões de 2017 como referência, seriam US$ 12,5 bilhões a mais em 2020 e acréscimo de US$ 19,5 bilhões em 2021.

Apesar disso ela diz em relatório: “Não houve nenhuma disputa diplomática séria. Ficou claro há algum tempo que a meta não seria alcançada, em parte porque desde o início todos sabiam que era (excessivamente) ambiciosa”.

A China usou a covid-19 como argumento por não ter feito as compras necessárias, e os EUA o aceitaram. Além disso, as importações aceleraram no segundo semestre, ficando próximas do recorde para o período, de US$ 29 bilhões, registrado em 2013.

Ainda segundo o Commerzbank, as importações chinesas de soja foram de longe as mais representativas, com US$ 14,2 bilhões em 2020; um ano antes, elas somaram US$ 8 bilhões. As compras chinesas de carne suína dos EUA também aumentaram acentuadamente em 2020, em 75%, para um recorde de US$ 2,3 bilhões. As importações de milho cresceram de apenas US$ 55 milhões em 2019 para US$ 1,2 bilhão em 2020. O montante ficou apenas um pouco abaixo do recorde de 2012.

Fonte: Suinocultura Industrial