O mercado de defensivos agrícolas biológicos no Brasil deve registrar crescimento entre 15% a 20% nas vendas dos próximos anos, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio). Porém, muitos agricultores ainda têm dúvidas sobre a utilização desses produtos e sua eficácia nas lavouras.

Para ajudar no esclarecimento de algumas questões sobre os biodefensivos, o CEO da Gênica, startup de biotecnologia que desenvolve soluções sustentáveis, Fernando Reis, preparou alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira:

Biodefensivos devem ser utilizados juntamente com um defensivo químico.

Verdade. Na maioria das vezes, o uso combinado é mais efetivo, tem mais efeito no longo prazo e é mais sustentável. É uma ótima ¨dobradinha¨, pois se complementam. Inclusive, há uma redução o desenvolvimento de resistência das pragas. Somente esse último benefício já justificaria a adoção da tecnologia.

O custo de um biodefensivo é menor do que de um defensivo químico.

Verdade. Na maioria das vezes sim, entre 20% a 30% mais barato.

Existem culturas que não permitem a utilização de biodefensivos.

Mito.

Usado corretamente, o defensivo biológico propicia benefícios que químico não possui.

Verdade. Dificilmente alguma praga desenvolverá resistência a algum defensivo biológico, diferentemente dos químicos que sofrem com isso.

Os defensivos biológicos podem trazer malefícios para a pessoa que está aplicando o produto na lavoura.

Mito. Muito pouco provável que tenha algum malefício. Já os químicos possuem diferentes riscos para o aplicador, podendo ir do pouco tóxico ao altamente tóxico.

Os biodefensivos são ambientalmente amigáveis.

Verdade. Os defensivos biológicos consomem muito menos energia na sua produção, não deixam resíduos ao meio ambiente e possuem nível de toxicidade muito baixo. Além disso, contribuem para o não desenvolvimento de resistência das pragas e doenças.

Fonte: Gênica