Conforme o banco holandês Rabobank, o crescimento médio do consumo de proteína animal na China deve desacelerar devido a mudanças no comportamento do consumidor. A instituição alertou que o consumo de carnes e derivados no país tem se mostrado volátil nas últimas duas décadas, com poucas evidências de um crescimento consistente. A informação foi divulgada nesta semana pelo site Global Meat News.

Enquanto o grande volume de consumidores e a crescente classe média no pais asiático sugerem que o mercado de proteína animal mantenha-se forte, mudanças na sociedade afetam o comportamento do consumidor. O Rabobank avalia que isso ocorre devido  à mudanças demográficas e negociações flutuantes no varejo e canais de foodservice.

“Empresas que trabalham com grandes volumes enfrentam a ameaça de seus mercados tradicionais encolherem”, argumenta o Rabobank. Essas empresas precisam encontrar novos mercados, através de canais emergentes de maior crescimento. Isso inclui novos conceitos de varejo e foodservice que, cada vez mais, assumem a preparação dos alimentos aos consumidores.

No entanto, de acordo com os analistas, as mudanças no mercado consumidor da China podem fornecer oportunidades para o desenvolvimento de estratégias orientadas à agregação de valor. O Rabobank disse acreditar que produtos tradicionais – como carne congelada, fresca, e produtos vendidos nos mercados tradicionais, declinarão. No entanto, o banco prediz o crescimento em carnes refrigeradas em embalagens pequenas, salgadinhos à base de carne, conveniência recém-preparada e kits refeição. Isso reflete os novos valores de conveniência, segurança alimentar, frescor, variedade e serviço aos consumidores.

Alimentos congelados e produtos de carne ao estilo chinês / ocidental precisar ampliar seu foco de marketing longe dos maiores centros, partindo para cidades menores e áreas rurais. “Enquanto a população da China deverá atingir seu pico em breve, o dividendo demográfico continuará a impulsionar o crescimento de valor no mercado de carne”, de acordo com Chenjun Pan, analista sênior de proteína animal do Rabobank.

“Para capitalizar, as empresas de carnes precisam de estratégias de regionalização. Elas verão maiores oportunidades de crescimento expandindo-se para “novas” cidades e áreas adjacentes, onde a população é mais jovem”, finalizou.

Equipe Suino.com

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