A pandemia da COVID-19 aumentou em 26% o desemprego no Brasil em apenas sete semanas, deixando 2,6 milhões de pessoas sem emprego, informou o governo nesta sexta-feira.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última semana de junho, pelo menos 12,428 milhões de pessoas no Brasil estavam desempregadas, 675 mil a mais do que há uma semana e 2,6 milhões a mais que o número de desempregados contabilizados na semana entre 3 e 9 de maio.

A taxa de desemprego na semana de 21 a 27 de junho foi de 13,1%, a maior registrada desde a primeira semana de maio (10,5%) e 0,8 ponto percentual a mais que uma semana atrás.

“Com relação à primeira semana de maio, o movimento também é de queda da população ocupada, um aumento da desocupada e, consequentemente, um aumento da taxa de desocupação. A população desocupada e em busca de uma ocupação aumentou 26% em relação à primeira semana de maio”, ressaltou o IBGE.

O total de brasileiros ocupados na semana de 21 a 27 de junho baixou para 82,5 milhões de pessoas, cerca de 1,5 milhão menos do que uma semana antes, com o que o nível de ocupação no país se situou em 48,5%, inferior aos 49,4% da primeira semana de maio e ao 49,3% da semana anterior.

Do total de pessoas ocupadas, 8,6 milhões (12,4%) estavam trabalhando em “home office”, devido à pandemia. “Este grupo segue estável desde a primeira semana de maio”, destacou o relatório.

Outras 10,3 milhões de pessoas também estavam fora de seus locais de trabalho na quarta semana de junho devido ao isolamento social. Na primeira semana de maio, este total era de 16,6 milhões de pessoas, o que significa uma redução de seis milhões de pessoas em sete semanas.

“Isso pode significar que as pessoas estão regressando a seus trabalhos, mas também pode ser resultado de uma possível demissão dessas pessoas”, destacou o IBGE.

Cerca de 17,8 milhões de pessoas disseram que não procuram trabalho devido à pandemia ou por não encontrar uma ocupação próxima de suas casas. Em comparação com a semana anterior, o contingente diminuiu em 500 mil pessoas, enquanto, em comparação com a primeira semana de maio, a redução foi de 6% ou de 1,3 milhão de pessoas.

Fonte: Xinhua