Consultoria reduz estimativa para a região, mas número ainda é recorde

Levantamento da Consultoria DATAGRO sobre a safra 2020/21 de soja na América do Sul, embora inferior à estimativa passada, projeta colheita recorde para a região. A área está estimada em 61,48 milhões de hectares, abaixo dos 61,69 mi de ha do levantamento anterior, mas 2% superior aos 60,19 mi de ha da temporada 2019/20, consolidando novo recorde histórico.

Levando em conta a área maior e rendimento geral ainda próximo da normalidade, a América do Sul pode apresentar uma produção de 194,52 milhões de toneladas, inferior ante a projeção anterior, que apontava para 196,94 mi de t, mas 1% superior aos 193,10 mi de t do recorde revisado da safra 2019/20.

O novo levantamento trouxe avanço de 4% na área a ser colhida no Brasil, subindo de 37,45 mi de ha para 38,96 mi de ha, com potencial para colher 136,34 mi de t, avanço de 6% sobre os 128,19 mi de t do recorde obtido na safra que passou.

A área plantada da Argentina está estimada em 17,10 mi de ha, abaixo dos 17,30 mi de ha da temporada anterior. Em função do clima adverso, a área a ser colhida foi reduzida de 17,00 mi de ha para 16,50 mi de ha. A colheita está projetada em 44,00 mi de t, perda de 11% sobre a safra passada.

No Paraguai, projeta-se área plantada de soja em 3,50 mi de ha, 4 % superior aos 3,35 mi de ha colhidos na temporada anterior, com produção de 9,00 mi de t, somando as safras de verão e inverno.

Na Bolívia, área estimada em 1,43 mi de ha, com potencial de produção de 2,90 mi de t, 10% acima da safra anterior; no Uruguai, área projetada em 1,10 mi de ha e produção em 2,20 mi de t.

Colheita de soja avança lentamente no Brasil e vai chegando ao final

Até o dia 23 de abril, segundo informações reportadas pela DATAGRO, o Brasil colheu 93,4% da área estimada, avanço de 2,1% sobre os 91,3% da semana anterior. Na média de 5 anos, o avanço normal nesse período seria de 4,1%. O fluxo segue abaixo dos 97,6% de 2020 e muito próximo dos 93,5% da média para os últimos 5 anos.

“A semana voltou a ser de clima predominantemente seco em boa parte da região produtora, favorecendo os trabalhos. Por outro lado, o clima mais seco vem afetando o desenvolvimento das lavouras do milho de inverno, avançando nas perdas de potencial produtivo”, diz Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.

Fonte: Datagro