Os eurodeputados se opuseram aos planos da Comissão Europeia de autorizar a importação de produtos contendo três organismos geneticamente modificados (OGMs) resistentes ao glifosato e ao glufosinato de amônio, em resoluções não vinculativas. Na noite de quarta-feira, os eurodeputados também realizaram um debate com a Comissão Europeia sobre o processo de autorização para importações de OGM, cujas deficiências foram apontadas regularmente pelo Parlamento.

Essas autorizações cobrem a importação de produtos que contêm ou consistem em OGMs de milho MZHG0JG, milho MON 89034 e soja A2704-12. Estes OGMs foram tolerantes aos herbicidas à base de glifosato e à base de glufosinato de amônio. Os eurodeputados afirmam que vários estudos mostram que essas culturas GM resultam em um maior uso de herbicidas. A colheita pode ser exposta a doses repetidas, o que potencialmente leva a uma maior quantidade de resíduos na colheita, dizem eles.

No que diz respeito às importações de soja transgênica, os eurodeputados também disseram que a produção de soja é um fator essencial do desmatamento na América do Sul. A União Europeia é o segundo maior importador de soja do mundo e a maioria da soja importada para a União Europeia é destinada à alimentação animal. A análise da Comissão constatou que a soja tem sido historicamente o principal contribuinte da UE ao desmatamento global.

Os deputados também apontam que desde que o atual processo de autorização GM entrou em vigor, todas as decisões de autorização GM foram tomadas pela Comissão sem o apoio de uma maioria qualificada de estados membros da UE. Com efeito, isso transforma o que deveria ser a exceção na norma.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems