À primeira vista o frango abatido ainda não experimentou o “clima” típico de todo início de mês

À primeira vista o frango abatido ainda não experimentou o “clima” típico de todo início de mês, quando os salários chegam ao mercado e os preços do produto alcançam os melhores resultados do período. Porque, em essência, até o final da primeira semana de fevereiro apresentou pequena valorização em relação à semana anterior, última de janeiro.

O que se observa, nesse caso, é que desde meados do mês passado, após forte recuo na primeira quinzena, as cotações do produto voltaram a reagir. Assim, a segunda metade do período foi fechada com, praticamente, o mesmo valor médio dos primeiros 15 dias do mês, ocorrência raríssima no setor.

Em outras palavras, para o frango abatido o mercado se mantém firme há pelo menos três semanas e só não obtém melhores preços porque o momento econômico do consumidor (ainda premido pelas dívidas do Natal e com as obrigações financeiras típicas de todo início de ano) ainda não permite.

Porém, nada impede que, no decorrer desta semana, ocorra nova e mais intensa valorização do produto. Pois, em função das altas da carne bovina (decorrência do aumento do boi em pé que, no momento, está cerca de 50% mais caro que há um ano), a demanda do consumidor se volta para a carne de frango, bem mais acessível.

O frango vivo também se beneficia desse panorama – pelo menos o comercializado no interior paulista – ainda que tenha perdido 10 centavos de seu preço nos últimos dias de janeiro. Pois o recuo durou menos de uma semana, sendo seguido por dois reajustes consecutivos (dias 3 e 4) de 10 centavos cada.

Essa é, aparentemente, uma situação sem risco de retrocesso no curto prazo. Porque, além da maior competitividade do frango no mercado interno, o mercado externo – diante de aumento dos casos de Influenza Aviária nos continentes asiático e europeu – também começa a intensificar suas buscas pelo produto brasileiro.

Interessante notar que, a despeito das condições de mercado serem absolutamente distintas das registradas há um ano (relativa estabilidade no preço do frango vivo; queda significativa no preço do frango abatido), a relação de preços entre ambos é quase a mesma (em torno de 1:1,26), com pequeno ganho em 2021.

Fonte: AVISITE