Mesmo sem conseguir repetir o desempenho daquele que foi o melhor dezembro de todos os tempos, as exportações de carnes seguem num ritmo bem melhor que o observado há um ano, em janeiro de 2019, quando foi registrado – pela média diária da receita cambial – o mais fraco resultado dos últimos 19 meses.

Por exemplo, na quarta semana de 2020 (19 a 25, cinco dias úteis) obteve-se, pela média diária, receita cambial de US$47,516 milhões, valor 12% superior ao da semana anterior. E considerados os desempenhos mais recentes, o resultado de janeiro corrente (mês em que, geralmente, ocorrem os mais fracos embarques do ano) supera até aqui (outro exemplo), o que foi alcançado no último agosto, ocasião em que, normalmente, são registrados alguns dos melhores resultados mensais.

De toda forma, por melhor que seja o desempenho do setor nesta última semana de janeiro, volume embarcado e receita cambial serão menores que os de dezembro passado. Para as três carnes.

Já em relação a janeiro de 2019, o desempenho será generalizadamente positivo. O maior ganho, neste caso (considerados os embarques até aqui efetuados), será o da carne suína, cujo volume pode ficar 42%acima do que foi registrado há um ano, neste mesmo mês.

A carne bovina, por sua vez, tende a um aumento anual em torno de 17%, enquanto para a carne de frango é sinalizado aumento da ordem de 11%.

A ressaltar, no entanto, que as três carnes – mas sobretudo a suína e a bovina – alcançam, no momento, significativa valorização em relação a janeiro de 2019 (de quase um terço a carne bovina; e de, praticamente, 30% a carne suína).

Em decorrência, os maiores ganhos devem ser observados na receita cambial. O sinalizado, por ora, é um incremento de quase 85% na receita da carne suína e de pelo menos 54% na receita da carne bovina. A carne de frango – cujo preço médio atual é 5% maior que o de um ano atrás – tende a gerar receita 17% maior que a de janeiro de 2019.

Fonte: AviSite