Os estoques mundiais de milho devem registrar os mais altos patamares da história ao final da safra 2016/ 2017, graças ao crescimento significativo da produção no Brasil, nos Estados Unidos e na Argentina. A análise está na última edição da Revista Indicadores da Agropecuária, produzida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Apesar de um consumo mundial de milho estimado em mais de 1,02 bilhão de toneladas, a produção prevista é ainda maior: 1,05 bilhão. Com um estoque final recorde, a tendência é de baixa nos preços internacionais.

No Brasil, as estimativas apontam um crescimento de 37,5% na produção em relação à safra anterior, ultrapassando 92 milhões de toneladas. O setor de produção animal, principal mercado consumidor de milho, não deve registrar elevação de demanda na mesma proporção.

Para o segundo semestre, a expectativa é de preços abaixo do mínimo, aponta a revista em seu editorial. Diante deste cenário, a Conab já lançou ações de apoio aos produtores de milho, com leilões de Contrato de Opção de Venda futura para 400 mil toneladas de milho do Mato Grosso e ofertas de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para 700 mil toneladas e Prêmio para o Escoamento (PEP) para 500 mil toneladas. Novas operações estão previstas para a próxima semana.

Indicadores – A edição de abril da revista, publicada no site da Companhia nesta segunda-feira (15) traz ainda um balanço do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em 2016, séries históricas de levantamentos de safras de grãos, café e cana-de-açúcar, além dos dos preços mínimos vigentes para produtos da safra de verão e da sociobiodiversidade (extrativos), entre outras informações.

 

Fonte: Conab