Representantes de entidades públicas e privadas do setor agropecuário se reuniram, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para debater a necessidade de implantar a compartimentação da cadeia produtiva de suínos para febre aftosa e Peste Suína Clássica (PSC).

A compartimentação é um sistema definido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para certificar uma subpopulação animal com status sanitário diferenciado, baseado em procedimentos de biosseguridade.

“Esse sistema de produção elimina riscos geográficos, pois cada granja é um compartimento livre de determinada enfermidade. Em caso de surto de doença em um estado ou região, facilita a manutenção da exportação e o comércio interno”, afirmou o Coordenador de Sanidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Décio Coutinho.

O Grupo de Trabalho defendeu, na reunião de segunda (12), que a compartimentação, já utilizada pela avicultura brasileira para proteção contra a Influenza Aviária, pode ser aplicada a qualquer espécie animal e aumenta as chances de negociação de mercados mais exigentes em relação à condição sanitária livre de doença sem vacinação.

Cenário
Em 2015, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram reconhecidos como zona livre de Peste Suína Clássica e receberam o certificado sanitário da OIE. Em maio de 2016, mais 14 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, receberam a certificação.

Com relação à febre aftosa, Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização como zona livre de febre aftosa, sem vacinação.

Fonte: CNA