O relatório EAT-Lancet divulgado no dia 17 de janeiro, sugerindo cortes drásticos no consumo de carne, laticínios e ovos para promover uma dieta mais saudável e reduzir as emissões de gases do efeito estufa está baseado em ciência duvidosa e é irresponsável, diz o Conselho Nacional de Produtores de Carne Suína dos Estados Unidos. Embora duas das preocupações do relatório sejam sustentabilidade e desnutrição, suas recomendações radicais seriam contraproducentes para ambos. A informação foi divulgada pelo site Feed Stuffs.

Existem amplas evidências científicas sobre o valor nutritivo da carne, incluindo a carne suína, que possui vitaminas e minerais essenciais, como B12, ferro heme, zinco e potássio. Estes, muitas vezes, faltantes em muitas dietas, particularmente nos países em desenvolvimento.

Quanto à sustentabilidade, o setor de agropecuária dos Estados Unidos é um dos ambientalmente mais amigáveis ​​do mundo, diz a entidade. Em 2018, um estudo da Universidade de Arkansas descobriu que, nos últimos 55 anos, os produtores de suínos do país reduziram o uso da terra em quase 76%, o consumo de água em mais de 25% e o uso de energia em 7%; a pegada de carbono hoje é quase 8% menor do que era em 1960. As melhorias ambientais foram alcançadas enquanto a produção de carne de suína mais que dobrou, aumentando para 25 bilhões de libras em 2017, de aproximadamente 11 bilhões em 1960.

“A moderna agricultura pecuária dos Estados Unidos é um tremendo exemplo de como o mundo pode produzir o alimento nutritivo e seguro que as pessoas precisam, ao mesmo tempo em que contribuem menos GEEs por caloria de alimentos”, diz o presidente da NPPC, Jim Heimerl. “A ONU disse que há ‘limitações à redução de emissões no setor agrícola, particularmente por causa do fornecimento de alimentos para uma população global que deve continuar a crescer’ e que seria razoável esperar reduções de emissões em termos de melhorias na produção agrícola, eficiência, em vez de reduções absolutas nas emissões de GEE.

“Para abordar a sustentabilidade e a subnutrição”, acrescenta Heimerl, “talvez os autores do relatório devam instar a União Européia a abandonar seu draconiano“ princípio de precaução” que praticamente impede o uso de novas tecnologias e práticas modernas de produção. São esses tipos de restrições que estão forçando os agricultores de todo o mundo a abandonar o uso de tecnologias cientificamente comprovadas que produzem mais alimentos e de maneira mais ecológica”, diz a entidade norte-americana.

Equipe Suino.com

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