As cotações da soja tiveram nesta terça-feira (15.05) um dia de comportamentos mistos no mercado físico brasileiro, influenciado pela valorização do Dólar e estabilidade na CBOT (Bolsa de Chicago). De acordo com os índices do Cepea, feitos junto aos diversos participantes do mercado, em média os preços subiram 0,20% nos portos e baixaram 0,19% no interior do País.

Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a grande estrela do dia foi a moeda norte-americana, que testou o nível de R$ 3,70,embora tenha fechado levemente abaixo disto, mas permitiu boas fixações da moeda norte americana e dos preços em níveis elevados: “As Tradings estão cobertas para todo o mês de maio e só compram para junho e julho”.

De acordo com ele, espera-se que os embarques de maio atinjam cerca de 10-12 milhões de toneladas, impulsionados pelo dólar alto e pela preferência chinesa por soja brasileira. No interior do país as indústrias, bem abastecidas no curto prazo, reduziram as suas pedidas, fazendo os índices do Cepea recuaram.

“O que mais contou foram as notícias de que as margens de esmagamento na China estão menores, devido aos problemas enfrentados pelo setor de suínos, o que pode levar a uma redução das importações de farelo, afetando, por consequência, as indústrias brasileiras (e americanas), que se preparavam para suprir a deficiência argentina nesta temporada. Os prêmios da soja estão sob pressão, porque seguem o movimento contrário das cotações de Chicago. Na semana, o contrato de junho acumulou queda de 30 cents/bushel, com maior interesse dos compradores para embarques em junho e julho, embora os vendedores queiram retirada imediata”, diz Pacheco.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems