Agronegócio deve subir na casa de 3%

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (13) a projeção dos indicadores econômicos do Brasil. A previsão é que a economia brasileira tenha queda de 6,10% no Produto Interno Bruto (PIB).

Quanto à taxa básica de juros, a Selic, usada alcançar a meta de inflação, atualmente em 2,25% ao ano, tem expectativa de encerrar 2020 em 2% ao ano. Já a inflação é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5, contra previsão de R$ 5,05 da semana passada.

O único setor que registrou crescimento no primeiro trimestre do ano foi o agronegócio. A alta foi de 3,3%, puxada principalmente pela alta de preços e por expectativas de maior produção. O Brasil colheu uma safra recorde de grãos, na casa de 251 milhões de toneladas. As exportações de junho bateram novo recorde mensal, com mais de US$ 10 bilhões. O desempenho favorável é resultado principalmente das vendas de soja, açúcar, carnes bovina e suína. Para 2020 o PIB do agro deve fechar com alta de 3% em relação ao ano passado.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, com base nos dados de junho, está estimado em R$ 716,6 bilhões, 8,8 % acima do obtido em 2019 (R$ 658,8 bilhões).

Projeções 2021

O Banco Central também projetou o ano que vem na economia. A expectativa é de retomar o crescimento na casa de 3,50%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. A inflação para 2021 permanece em 3%. A taxa Selic deve chegar a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

Fonte: Agrolink