Um novo relatório intitulado “Criando um Futuro Alimentar Sustentável”, lançado pelo World Resources Institute (WRI) indicou que a utilização de técnicas de edição genética poderia auxiliar a cumprir a alta demanda de alimentos no futuro. Isso porque o relatório indicou que demanda por alimentos aumentará em mais de 50%, com uma queda nos produtos de origem animal estimada em 70%.

O relatório observa que o mundo deve impulsionar a produção de alimentos em terras agrícolas existentes e que os organismos geneticamente modificados  (OGMs) e a edição genética podem ajudar a tornar a melhoria das culturas mais eficiente para aumentar os rendimentos. Segundo o relatório, não há provas de que os OGM tenham qualquer efeito adverso na saúde humana.

De acordo com a publicação, será preciso reduzir a demanda por alimentos, reduzindo também a perda e o desperdício de alimentos, consumindo menos carne, usando alimentos e rações ao invés de biocombustíveis, e reduzindo o crescimento da população, atingindo os níveis de fertilidade de reposição. Além disso, aumentar a produtividade agrícola e pecuária para níveis superiores ao histórico, mas na mesma superfície e parar o desmatamento, restaurar terras degradadas e vincular os rendimentos à proteção de paisagens naturais também é necessário.

O relatório, que foi produzido pelo WRI em parceria com o Banco Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e as agências francesas de pesquisa agrícola CIRAD e INRA, indica também que é necessário melhorar a aquicultura e gerir a pesca selvagem de forma mais eficaz, usando tecnologias inovadoras e métodos agrícolas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa.

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems