Prestes a confirmar todos os três Estados como áreas livre de aftosa sem vacina, Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) favorece a abertura de mercados para proteínas de origem animal da região

Os Estados do Sul do Brasil são um dos principais polos de produção e exportação para a BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo. Com a elevação do status sanitário da região, prestes a ser considerada internacionalmente zona livre de febre aftosa sem vacinação, a empresa prevê a ampliação de mercados para todas as proteínas animais do Sul.

O avanço no status mostra o nível de compromisso da cadeia produtiva da região com a sanidade e também a torna mais imune a riscos como ocorridos em outras épocas em que embargos à carne bovina também suspenderam exportações de outras proteínas como suínos e aves. A BRF é a maior produtora de frango do país, com cerca de 12% do comércio global, e responsável por 22% da produção brasileira de suínos.

Santa Catarina já tinha certificação internacional como zona livre da aftosa sem vacina, e recentemente o Rio Grande do Sul e o Paraná receberam parecer favorável, a fase mais difícil no processo, como destacou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no anúncio, em 10 de março. O parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de 22 a 28 de maio, mas já conta com a aprovação da avaliação técnica da OIE.

Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam a requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.

O diretor geral de Agropecuária, Fábio Stumpf, considera a elevação do status sanitário um marco para a região. “Coloca os Estados do Sul num patamar mais alto. Vai abrir mercado, aumentar o leque de proteínas, ajudar a todos os segmentos, incluindo suínos e frango, ao movimentar as cadeias de proteína animal”, destaca, lembrando que um dos grandes diferenciais do Brasil no agronegócio é o cuidado sanitário, graças ao conhecimento acumulado e ao potencial tecnológico.

As unidades da BRF no Sul, além de abastecer as famílias brasileiras, alimentam consumidores de uma centena de países, de quatro continentes. De municípios como Concórdia, no Oeste catarinense, Lajeado, no coração do Rio Grande do Sul, e Toledo, no Oeste paranaense, são embarcadas mais de duas dezenas de tipos de produto, incluindo diferentes cortes de carne e embutidos, rumo a nações de culturas e regiões diversas, tendo o Japão, a 17.360 quilômetros, como o ponto mais distante. O roteiro apresenta uma diversidade de destinos, como Angola (África), Omã e Emirados Árabes (Península Arábica) e México (América do Norte).

Fonte: Assessoria de Imprensa