O Imea divulgou os custos de produção para o milho de alta tecnologia na safra 18/19, referentes ao mês de abril. Com isso, o custo total apresentou um pequeno recuo de R$ 0,06/ha em relação ao mês anterior, passando para R$ 2.652,51/ha.

Tal ajuste se deve, principalmente, à queda nos preços dos fertilizantes neste último mês devido à baixa demanda dos EUA, visto que o país deve diminuir a área de milho em relação à de soja neste novo ano agrícola, enquanto que a oferta mundial de nitrogenados continua alta.

No entanto, a queda nos custos não foi maior em decorrência da valorização do dólar neste último mês. Assim, levando em consideração que o custo variável e a produtividade média de alta tecnologia continuam em patamares próximos aos do mês anterior, de R$ 2.073,77/ha e 112,07 sc/ha, respectivamente, fez com que o ponto de equilíbrio continuasse avaliado em R$ 18,50/sc no mês de abril, não apresentando alteração de cenário em relação ao mês de março.

Confira os principais destaques do boletim:

• Em decorrência da previsão de chuvas na semeadura norte-americana, as cotações na CME para jul/18 exibiram alta de 0,98% e cotação média de US$ 3,98/bu.

• Ainda em decorrência das incertezas que pairam sobre a oferta de segunda safra brasileira, a cotação na bolsa B3 encerrou a semana com aumento de 1,89% e média de R$ 42,83/sc.

• A valorização no dólar e nos prêmios fez com que a paridade para jul/18 finalizasse a semana com aumento de 5,63% e média de R$ 24,39/sc.

• O dólar concluiu a semana com aumento de 2,93% e cotação média de R$ 3,69/US$. A valorização continua pautada, sobretudo, pelo mercado externo.

BOAS VENDAS:

O Imea divulgou na última semana a comercialização de milho referente ao mês de abril. Para a safra 16/17 as vendas já alcançam 99,81% da produção estimada e dado a baixa oferta do cereal e a forte demanda no mercado interno, possibilitou negócios a um preço médio de R$ 22,42/sc.

No entanto, o destaque se deve às vendas da safra 17/18, visto que obtiveram um progresso de 13,3 p.p., atingindo 57,23% da produção estimada. O bom desempenho se deve tanto à valorização do mercado interno, quanto das cotações em Chicago e do dólar, com o preço médio comercializado de R$ 22,83/sc.

Já para os próximos meses, o cenário dos preços dependerá, sobretudo, do comportamento da safra norte-americana, em conjunto com a oferta de segunda safra no Brasil. Deste modo, apesar das boas oportunidades de vendas, é importante também atenção no momento de negociar, devido às incertezas produtivas da safra mato-grossense.

Fonte: Imea