Os preços do milho continuam em queda livre no mercado brasileiro, em direção ao seu custo de produção de R$ 32,00/saca. “Com a queda do dólar os preços de exportação não entusiasmam mais os vendedores que, com isto, acumulam estoques ainda maiores do que tinham acumulado com as recusas de vendas na tentativa de criar escassez e forçar os preços para cima no período de junho a setembro”, pontua a T&F Consultoria Agroeconômica.

Segundo os especialistas, com altos estoques os vendedores ainda tem pela frente dois compromissos: pagamentos dos custos da safra de verão (que normalmente ocorrem em novembro) e limpeza dos armazéns para receber a safra nova, que começará a ser colhida em janeiro, em alguns estados.

“Ambos são fatores de grande pressão sobre os preços e são a razão da queda quase contínua dos últimos 23 dias. A estes dois fatores se poderia adicionar a falta de soja para vender a fim de fazer caixa, pois os estoques da oleaginosa no país estão baixíssimos”, explica o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

“Com a queda das cotações em Chicago na semana passada, a negociação antecipada da safrinha 2019 também ficou ‘totalmente’ parada. O recuo dos valores de compra é menos acentuado do que o observado no spot, mas os preços estão bem distantes do desejado por produtores”, complementa ele.

PLANTIO

O plantio da safra 2018/19 de milho verão atingiu 48% da área prevista para o Centro-Sul do Brasil na quinta-feira, ante 44% na semana anterior, 42% há um ano e 45% na média de cinco anos. Os trabalhos seguem concentrados no Sul do País, onde o excesso de chuva da última semana deixou o plantio mais lento, ainda que a semeadura já esteja perto da conclusão nos três Estados. Em Goiás, as primeiras áreas começaram a receber sementes, mas por enquanto apenas 0,2% da área total prevista para o Estado está semeada. Em Minas Gerais, o plantio ainda não começou.

 

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems