A Emater/RS-Ascar divulga, todos os anos, duas estimativas de safra de verão: a estimativa inicial de safra, em agosto, e em março, a segunda estimativa, com os dados atualizados. Assim, nesta edição do Informativo Conjuntural, será reproduzida a Nota Técnica divulgada na terça-feira (12), durante a 20ª Expodireto-Cotrijal, em Não-Me-Toque, que se encerra nesta sexta-feira (15).

SOJA

De acordo com o documento, a soja no RS vai amadurecendo, com 15% da safra já colhida, 25% por colher e 54% em enchimento de grãos. A área dessa safra é estimada em 5,8 milhões de hectares, sendo, dessa forma, a maior área já plantada em solo gaúcho na história.

MILHO

O milho também segue em colheita no Estado, com 55% do total da área colhida, 19% maduros e 20% em enchimento de grãos. Os percentuais de 2% em desenvolvimento vegetativo e 4% em floração referem-se ao milho safrinha.

FEIJÃO

Chega a 75% a área de feijão primeira safra colhida no RS. As demais lavouras estão maduras e em enchimento de grãos. A safra está demonstrando uma projeção com incremento de 9,21% da produtividade em relação à safra anterior, para 1.766 kg/ha, representando aproximadas 70 mil toneladas no RS nesta safra.

ARROZ

A cultura de arroz chegou a 22% da área já colhida e 42% já estão maduros. Outros 25% da área estão com a cultura em enchimento de grãos e 4% em floração. A área total de arroz no Estado nesta safra é estimada em pouco mais de um milhão de hectares. Em média, no Estado, essas lavouras estão apresentando produtividade de 7.606 kg/ha, inferior à média da safra anterior em 3,22%.

“Em virtude do baixo percentual de área colhida até o momento e de eventuais ocorrências agrometeorológicas até o final da colheita, a Emater/RS-Ascar poderá fazer retificação dos números a qualquer momento, tanto na área quanto na produção e produtividade”, destaca o presidente da Instituição, Iberê de Mesquita Orsi.

Para o levantamento, os dados foram coletados na segunda quinzena de fevereiro (16 a 28/02), junto a 101 escritórios municipais para a cultura do arroz, 225 para feijão primeira safra, 152 para feijão segunda safra, 397 escritórios locais para milho grão, 366 para milho silagem e 351 para soja, além de 12 escritórios regionais e do Escritório Central. O levantamento contemplou uma amostra que cobriu 94,4% da área cultivada com arroz, 82,9% com feijão primeira safra, 94,0% com feijão segunda safra, 90,5% com milho grão, 90,8% para milho destinado à silagem e 93,3% para área com soja.

PASTAGENS E CRIAÇÕES

O clima está excelente para a boa produção das espécies forrageiras. De maneira geral, a ocorrência de chuvas com bons volumes, as temperaturas e a radiação solar adequada favorecem tanto o campo nativo como as pastagens cultivadas, proporcionando aos rebanhos uma grande oferta de matéria verde de qualidade.

Nas pastagens perenes o predomínio é do tífton, aparecendo aruana, jiggs e braquiária, tendo também a presença do capim elefante anão, variedade BRS Kurumi, para o gado de leiteiro. Nas pastagens anuais de verão, a predominância é de milheto, sorgo forrageiro e capim sudão. Quanto ao campo nativo, favorecido pelas chuvas e temperaturas altas, mantém boa disponibilidade de pastagem. No entanto, as pastagens naturais e cultivadas começam a se apresentar fibrosas e com baixa qualidade, em função do fim dos ciclos destas forrageiras. Nesta época do ano, os pecuaristas são orientados para diferir algumas parcelas de campo, preparando-se para o outono.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Estamos no vazio forrageiro outonal, período marcado pelo final do ciclo das pastagens de verão até a entrada nas pastagens de inverno. Muitos produtores aproveitam o papuã espontâneo (Brachiaria plantaginea), e assim mantêm uma boa oferta de forragem aos animais. Realiza-se o pastejo das culturas anuais de verão – principalmente o capim sudão, o milheto e o sorgo – e também das culturas perenes. Esse cenário tem forçado os bovinocultores a aumentar o fornecimento de silagem de pasto, azevém e trevos no cocho, o que também requer aumento da suplementação proteica no concentrado, sob pena de diminuição da produtividade.

Fonte: Emater/RS-Ascar