Para incentivar e fomentar ações para o desenvolvimento da inovação tecnológica e científica de Chapecó, a prefeitura instituiu o Programa Municipal de Incentivo à Ciência, Tecnologia e Inovação, criado pela Lei da Inovação (Lei nº 6476/2013). Por meio do programa, é possível conceder incentivos ficais, estímulos materiais e implantação de parques e condomínios tecnológicos.

A Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec) participa das discussões e estimula os associados a buscarem alternativas para o desenvolvimento empresarial. Nesse sentido, inscreveu projetos de empresas que tiveram aprovação para incentivo fiscal, com redução do Imposto sobre Serviços (ISS). Os projetos foram analisados pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa objetiva o desenvolvimento econômico-social com ampliação do mercado de trabalho e a geração de novos empregos.

O presidente do Conselho, Ernani Zottis, explica que neste ano foram aprovados cinco projetos, sendo que cada empresa recebeu incentivos fiscais que variam de acordo com o valor econômico a ser investido. “Apesar dos percentuais de redução serem pequenos, de 1% a 2%, servem de estímulo para que as empresas, de alguma maneira, possam inovar gerando conhecimento para a região. Muitos desses projetos geram também novos empregos qualificados”.

Zottis comenta que em muitos municípios do Brasil foram criadas politicas públicas de incentivo à inovação. Um exemplo é Florianópolis, onde em dez anos o setor de tecnologia de informação passou a gerar mais impostos do que o turismo. “Isso passou a ser realidade por meio da criação de políticas públicas, criação de parques tecnológicos, leis de inovação, entre outros. É possível fazer muito com pouco. As empresas de tecnologia, em sua maioria, são micro e pequenas e têm uma característica de contratar mão de obra qualificada, crescem rapidamente, além de serem consideradas indústrias limpas. Em muitas delas o incentivo não precisa ser econômico, mas necessitam de um ambiente que as auxilie. Nesse sentido, ações simples, mas organizadas, podem impulsionar seu crescimento”.

EXPRESSÃO

Com faturamento estimado de R$ 11,4 bilhões, o setor tecnológico de Santa Catarina já representa aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. São 2,9 mil empresas de tecnologia da informação (TI), com cerca de 5,3 mil sócios empreendedores e mais de 47 mil funcionários, conforme pesquisa desenvolvida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) em parceria com a Neoway. No ranking de crescimento por regiões catarinenses, o Oeste foi a segunda que mais cresceu (9,6%), atrás somente da região Serrana (11,7%).

O presidente da Deatec, André Telöcken, ressalta a expansão do setor no Oeste. O segmento movimenta universidades, empresas e o empreendedorismo com a criação de diversas startups. “Chapecó é um dos principais polos de empresas de tecnologia do Estado e é reconhecida como um dos maiores polos do Brasil de startups por média populacional”. Ele ressalta que o segmento possui empresas que comercializam produtos em todo o País, além de exportar, trazendo riqueza e contribuindo para o desenvolvimento do município.

Telöcken enfatiza que o papel da Deatec nesse processo é facilitar o acesso a uma rede de recursos que de forma isolada o micro e pequeno empresário teria dificuldades para acessar. De acordo com ele, a estimativa para 2018 é encerar o ano com 120 empresas associadas à entidade, com 2,2 mil colaboradores e faturamento de R$ 110 milhões.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcio Ernani Sander, lembra que o governo municipal atua em conjunto com a iniciativa privada e as universidades para fortalecer o setor. “A harmonia entre o poder público, as instituições e as empresas é fundamental. Um exemplo do empenho do governo para desenvolver o segmento está na última reforma administrativa, quando foi criada a Gerência de Ciência, Tecnologia e Inovação, com objetivo de interagir, discutir e ser o meio de campo entre o poder público, a iniciativa privada e as universidades. O Conselho, que tem como presidente um empresário do setor, é o palco para discutir, fomentar e identificar oportunidades e desafios”.

SOBRE O PROJETO

O Projeto de Incentivo Fiscal em Chapecó faz parte da Política Municipal de Desenvolvimento Econômico para as empresas de tecnologia, ciência e inovação, a qual visa estimular a implantação, expansão e reativação de empreendimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços. A iniciativa objetiva o desenvolvimento econômico-social com ampliação do mercado de trabalho e a geração de novos empregos.

Qualquer empresa que tem um projeto inovador pode submeter o mesmo para avaliação do Conselho que irá analisar o valor investido no projeto e, diante disso, poderá conceder algum incentivo. As empresas associadas à Deatec contam com um setor de projetos que pode auxiliar a formalizar o projeto.

Mais informações sobre como aderir ao projeto podem ser obtidas pelo e-mail executivo@deatec.org.br ou pelo telefone (49) 3324-4342.

 

Legenda da foto– André Telöcken e Ernani Zottis explicam sobre o projeto

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional