Os preços do óleo de soja estão em alta no Brasil, atingindo os maiores patamares desde fevereiro deste ano, em termos nominais. O aumento dos valores está atrelado à firme demanda doméstica, principalmente do setor de biodiesel, e ao crescimento das exportações.

Na contramão deste movimento, as cotações da soja em grão e do farelo vêm se enfraquecendo, refletindo a redução dos embarques brasileiros e expectativas de estoques elevados no fim da temporada 2016/17, o que tem deixado compradores cautelosos nas negociações. Além disso, a maior oferta na Argentina e expectativas de safra volumosa na temporada 2017/18 dos Estados Unidos também têm pressionado os valores no Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná caiu 1,44% entre 16 e 23 de junho, fechando a R$ 63,18/sc de 60 kg na sexta-feira, 23. O Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá cedeu 1,57% no período, a R$ 68,44/sc de 60 kg no dia 23.

Milho

Após duas semanas de relativa estabilidade, os preços do milho voltaram a cair na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. A melhora climática favoreceu o avanço da colheita, o que aumentou a oferta do cereal e levou compradores domésticos a reduzir o valor de suas ofertas.

Os recuos mais intensos foram observados no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Em Sorriso (MT), no entanto, leilões da Conab têm sustentado as cotações. Na região de Campinas (SP), as baixas foram limitadas pela resistência de vendedores e pela necessidade de alguns compradores de abastecer seus estoques. Entre 16 e 23 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 1,1%, fechando a R$ 26,82/sc de 60 quilos na sexta-feira, 23.

Cepea/Esalq