Os pesquisadores Brande BH Wulff, do Parque de Pesquisas Norwich, no Reino Unido, e Kanwarpal S. Dhugga, do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (CIMMYT), no México, criticaram a ausência de trigo geneticamente modificado (GM) para o comércio. O artigo intitulado “Trigo – o cereal abandonado pela GM” foi publicado na revista Science.

De acordo com os pesquisadores, o trigo sofre com inúmeras doenças que estão aumentando com o passar dos anos, como a ferrugem do caule, por exemplo. Nesse cenário, eles afirmam que a prática da transgenia nesse cereal poderia ser muito útil para garantir um alimento de melhor qualidade e reduzir os custos dos produtores, principalmente os pequenos.

“Avanços recentes poderiam fornecer uma solução para esse problema por meio da rápida descoberta e isolamento de genes de resistência a doenças de parentes silvestres do trigo, seguida de sua introdução pela transformação em variedades de culturas de elite”, diz o texto.

Além disso, eles dizem que existe uma barreira na cultura do trigo que fez com que o cereal fosse abandonado pelos cientistas que trabalham com os organismos geneticamente modificados. Os cientistas também fazem comparações com outras culturas comerciais que são cultivadas mesmo sendo transgênicas e trazem números benefícios.

“As culturas GM, principalmente milho, algodão e soja, que contêm transgenes para tolerância a herbicidas e resistência a insetos aumentaram significativamente as margens de lucro para os agricultores. Embora o arroz GM ainda não esteja comercialmente cultivado, várias características foram aprovadas, por exemplo, resistência a insetos, tolerância a herbicidas e biofortificação com provitamina A”, concluem.

 

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems