A partir da próxima semana o governo de Santa Catarina participará de duas missões internacionais, onde um dos temas principais será a oferta de carne produzida no estado.
Com um roteiro pela Arábia Saudita já programado desde o final de 2001, o governador Esperidião Amin repassou o convite do Ministério das Relações Exteriores para compor a comitiva que se dirige para a Rússia, ao secretário de Agricultura, Odacir Zonta.
O governador afirmou que é preciso destacar que Santa Catarina foi pioneira na relação comercial com a Rússia, referindo-se à delegação que esteve naquele país em março do ano passado.
A viagem pela Arábia Saudita, autorizada pela Assembléia Legislativa antes do recesso parlamentar, será efetivada entre os dias 17 e 27 de janeiro.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, participará dessa vigem juntando-se a comitiva do Governador, após acompnhar o presidente Fernando Henrique a Rússia.
Na bagagem, Zonta levará a minuta do acordo internacional, que permitirá às agroindústrias de Santa Catarina, a realização de vendas de carnes a varejo no mercado russo.
Técnicos russos já estiveram no estado, vistoriando as empresas, e encaminharam relatório favorável a abertura das exportações, que hoje só são feitas através de importadores russos. O fechamento dos primeiros negócios dependeria apenas de uma conversa definitiva entre os presidentes dos dois países.
No ano passado, na carona das exportações de carne suína, o Brasil vendeu para a Rússia 60 mil toneladas de carne de Frango, quatro vezes a mais que em 2000. As vendas, 62% de empresas catarinenses, foi de US$ 75 milhões. Vendendo a varejo, em 2002, conforme o secretário, esse mesmo volume pode gerar um faturamento de US$ 100 milhões.
Com o suíno não deve ser diferente. Em 2001 foram vendidas para a Rússia cerca de 120 mil toneladas de carcaças suínas. O resultado, quase todo faturado pelas empresas de Santa Catarina, foi de US$ 160 milhões. Zonta acredita que se o estado vender a varejo esse mesmo volume, durante esse ano, poderremos faturar cerca de US$ 220 milhões.
Com 150 milhões de habitantes, a Rússia é um dos três países que mais consome carne bovina, atrás de Estados Unidos e Japão, salienta Marques. No ano passado, informa, o governo russo passou a autorizar a importação de carne brasileira exclusivamente para fins industriais. O volume que exportamos hoje é irrisório, mas quando abrir, haverá possibilidade de vendermos diretamente para o mercado varejista.
Na sua avaliação, o futuro da exportação brasileira é suprir o mercado com produtos industrializados ou formar parceria com as indústrias clientes, melhorando o valor agregado e a margem de lucro.

Redação suino.com adaptado do FecoAgro