As autoridades reguladoras dos Estados Unidos deram luz verde na sexta-feira passada para que um algodão geneticamente modificado (OGM) seja usado para consumo humano, abrindo caminho para uma nova fonte de alimento cheia de proteína. A semente desse algodão comestível tem um pouco de grão de bico e, segundo seus desenvolvedores, poderia ajudar a combater a desnutrição global.

A decisão da Food and Drug Administration (FDA) sobre o algodão GM desenvolvido por cientistas da Universidade do Texas A&M significa que agora é permitido como alimento para pessoas e todos os tipos de animais. O biotecnólogo de plantas e professor da AgriLife Research no Texas A&M, que também começou a trabalhar no projeto de algodão comestível há 23 anos, disse que os cientistas conversam com as empresas e esperam que a planta esteja disponível comercialmente em cerca de cinco anos.

Rathore disse que a equipe também irá explorar a busca de aprovação regulatória em outros países, começando com o México. “Sim, estamos plenamente conscientes da resistência aos OGM em muitos países, mas espero que os países que estão desesperados por alimentos adotem essa tecnologia”, acrescentou

O algodão é cultivado em mais de 80 países e sua fibra é usada para fabricar tecidos e sementes de algodão que são usados atualmente entre outros propósitos para alimentar animais como bovinos e ovinos que possuem várias câmaras estomacais. A semente de algodão comum não é adequada para consumo humano e para muitos animais, pois contém altos níveis de gosipol, um produto químico tóxico.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems