Os três países da América do Norte coordenam esforços para impedir a entrada em suas fronteiras da doença altamente contagiosa e que varreu rebanhos suínos na China e partes da Europa.

A peste suína africana causa a morte de suínos em apenas dois dias. A China, que abriga o maior rebanho suíno do mundo, registrou mais de 100 casos da doença em 27 províncias desde agosto do ano passado. Os esforços para conter o surto alteraram o mercado da proteína no país.

O vírus já se espalhou para o vizinho Vietnã. Surtos foram registrados na Europa Oriental e a Bélgica encontrou o vírus em javalis. Se chegasse aos Estados Unidos, a febre suína poderia reduzir os embarques para exportação da proteína americana em US$ 6,5 bilhões, num momento em que a indústria se recupera do impacto das disputas comerciais com a China e o México.

“Devido às nossas extensas fronteiras, tanto no norte quanto no sul, é importante que trabalhemos com nossos vizinhos”, disse o secretário Perdue no fórum anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, onde dividiu um palco com o ministro da Agricultura canadense Lawrence MacAulay e Secretário de Agricultura do México, Victor Villalobos Arambula.

MacAulay disse que o Canadá tomou medidas, incluindo a elevação de multas para aqueles que forem pegos ilegalmente importando carne. “Isso é de vital importância porque pode nos custar bilhões de dólares”, afirmou MacAulay. “Espero que possamos lidar com essa questão não depois dela, mas antes que aconteça.”

A Smithfield Foods, maior produtora de carne suína do mundo e uma divisão do WH Group da China, aumentou os procedimentos de segurança nas fazendas dos Estados Unidos, enquanto os produtores de suínos norte-americanos estão evitando matérias-primas importada da China em uma tentativa de manter a doença longe.

A febre suína africana não é prejudicial aos seres humanos. Também não existe vacina para a doença e a transmissão pode ocorrer de várias formas, incluindo contato direto entre animais, alimentos contaminados e pessoas contaminadas com o vírus que viajam de um lugar para outro.

As notícias sobre a disseminação da doença na Ásia elevaram os futuros de suínos do CME Group, já que os traders consideram o potencial para uma melhor exportação de carne suína dos Estados Unidos para a China.

O economista-chefe do USDA, Robert Johansson, disse que podem ser exageradas as perspectivas para os produtores de carne suína norte-americanos exportar mais para a Ásia, para compensar os suínos abatidos devido à doença. Segundo ele, a oferta abundante nos Estados Unidos pode fazer com que os preços do suíno caiam cerca de 7,5% em 2019. “Os produtores nos Estados Unidos são muito eficientes na produção de suínos e estão produzindo muitos deles agora”, disse.

Fonte: The Pig Site

Editado pelo Suino.com