A crise do COVID-19 expôs ainda mais as limitações de um sistema alimentar que falha em nutrir adequadamente a maioria da população mundial, segundo a Fundação Rockfeller, dos Estados Unidos. Isso porque, logo no início do surto de Cocid-19 as pessoas “limparam” as prateleiras dos supermercados em todo o mundo com medo de que os alimentos faltariam.

“O sistema alimentar de hoje prioriza calorias baratas e alto rendimento, mas involuntariamente promove obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares entre muitas outras doenças, as quais comprometem a saúde imunológica. Cidadãos com sistema imunológico comprometido, como os mais de 30 milhões de americanos com diabetes tipo 2 ou os 820 milhões de pessoas em todo o mundo que não conseguem obter nutrição adequada, sofrerão desproporcionalmente as consequências letais do COVID-19″, indica a Fundação.

No entanto, à medida que a economia mundial entra em recessão, os setores de produção agrícola e varejo de supermercado parecem bem posicionados para enfrentar a tempestade, porque as pessoas ainda precisam comer e priorizarão seus gastos em alimentos. “Um sistema alimentar resiliente e sustentável, incluindo sistemas alimentares locais e regionais mais fortes, pode garantir oportunidades econômicas para um número significativo de pessoas e permitir uma recuperação mais rápida”, completa.

“Em tempos de crise, as pequenas e médias empresas na maior parte do mundo desempenham um papel crítico para garantir que as pessoas pobres e vulneráveis, que são sempre as que mais sofrem, continuem a ter emprego e acesso a alimentos. À medida que mercados e restaurantes de alimentos se fecham em todo o mundo, milhões agora estão sem trabalho. São necessários melhores mecanismos para apoiar essas pequenas e médias empresas”, conclui.

Fonte: Agrolink