Analista ressalta que outros países exportadores estão embarcando menos para a China, o que deve, eventualmente, acontecer com o Brasil

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (25), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada nos 15 dias úteis de outubro mantém bom ritmo, mas segue com diminuição no valor pago por tonelada.

O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que é preciso ficar alerta, já que outros players têm exportado menos para a China, e apenas o Brasil manteve o ritmo neste ano.

“Isso é um indicativo de que em algum momento, a China vai passar a reduzir os volumes do Brasil também. E como lá os preços da carne suína estão baixos, vemos valores mais baixos fruto de renegociação de contratos”, disse.

A receita obtida com as exportações de carne suína neste mês, US$ 151.394,183, representa 81,7% do montante obtido em todo outubro de 2020, que foi de US$ 185.400,297. No caso do volume embarcado, as 65.636,423 toneladas são 84,8% do total exportado em outubro do ano passado, quantia de 77.405,522 toneladas.

O faturamento por média diária nestes 15 dias úteis foi de US$ 10.092,945 quantia 8,88% a mais do que outubro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 12,6%.

No caso das toneladas por média diária, foram 4.375,761, houve aumento de 13,06% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 12,6%.

Já o preço pago por tonelada, US$ 2306,557 em outubro, é 3,70% inferior ao praticado em outubro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve queda de 0,07%.

Fonte: Notícias Agrícolas