Compradores e vendedores de milho no mercado interno avaliam oportunidades que podem estar surgindo e a exportação tende a ganhar força. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, é possível que as negociações ocorram sem pressa.

“A oscilação do câmbio nos últimos dias afastou importadores e desanimou alguns participantes. Mas a necessidade de abastecimento deve movimentar o mercado após o feriado prolongado em algumas capitais”, dizem as informações divulgas por Pacheco em seu boletim diário.

Além disso, o analista informou que os negócios com o cereal evoluíram pouco. Em Campo Verde (MT), onde o volume negociado foi pequeno, a indicação para milho disponível ficou na faixa de R$ 22,50/saca para retirada de novembro. O dólar mais fraco desanimou os participantes, contou um corretor local.

A perspectiva também é de melhora para o mercado interno: “Ficou uns dois meses parado porque ainda tinha estoque da safrinha. Agora, os estoques já estão bastante reduzidos e será necessário comprar novamente. Usinas de etanol que produzem o biocombustível a partir do milho também devem ser mais atuantes no mercado. Percebemos que já estão buscando formar alguma coisa”, disse.

“A comercialização antecipada da safrinha 2019 está lenta na região mato-grossense. As indicações de compra ficavam em torno de R$ 21/saca para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. Em Ponta Grossa (PR), milho disponível é comercializado a R$ 35, em média. O valor caiu em relação à primeira quinzena de novembro, com maior oferta. A soja travou e aí o pessoal passou a vender milho”, indica.

 

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems