Na última semana (04/05) a Secex divulgou os dados de exportação de soja referentes ao mês de abril. Os envios de soja brasileira ao exterior registraram um volume de 10,25 milhões de toneladas, avanço de 16,4% comparado ao observado no mês de março.

O Estado de Mato Grosso participou com 29,4% deste montante, volume de 3,01 milhões de toneladas embarcadas. Ao contrário do Brasil, Mato Grosso apresentou uma retração de 11,6% em relação a março.

Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o Brasil e Mato Grosso apresentaram redução de 1,7% e 8,5% nos embarques, respectivamente. Contudo, apesar destes resultados, a expectativa para os próximos meses e para o fechamento de 2018 continua elevada, devido ao aumento na demanda de soja brasileira nos últimos dois meses, puxada pelos embates comerciais entre Estados Unidos e China e redução de safra na Argentina.

Confira os principais destaques do boletim:

• A cotação do grão de soja em MT fechou a semana com valorização de 1,80% e média de R$ 70,15/sc,pautada, principalmente, pela alta dos preços na CME e pela taxa de câmbio.

• O contrato para jul/18 da CME encerrou a última semana com alta de 0,64% e média de US$ 10,47/bu.

• A margem bruta de esmagamento registrou alta de 34,17% na última semana, devido à valorização do farelo no mercado internacional.

• Depois de 17 semanas, a colheita de soja chegou ao fim em Mato Grosso. O processo teve um início lento se comparado com o da série histórica. Mas ao longo desse período a evolução da colheita acabou se recuperando e seguindo muito próximo da média das últimas cinco safras.

Dólar

Desde meados do mês de janeiro o dólar vem em uma crescente alta, e na última semana atingiu patamares importantes que não eram vistos desde meados de 2016. Neste ano, do dia 2 de janeiro até a última sexta-feira, a taxa de câmbio acumula uma valorização de 10,9%. Além do momento político brasileiro, esta elevação foi puxada, principalmente, pela economia norte-americana e os embates comerciais com a China.

Esta elevação na taxa de câmbio vem contribuindo com o aumento das cotações de soja no Brasil, no entanto, “nem tudo são flores”, pois a mesma taxa que favorece também pode pesar sobre os custos de produção das lavouras da próxima safra.

Assim, além dos trabalhos do cotidiano, o produtor deve estar “antenado” a todo este cenário, pois, além do mercado internacional, no segundo semestre deste ano haverá as eleições presidenciais, que, dependendo do panorama, podem trazer grandes incertezas e movimentação ao mercado.

Confira o boletim na íntegra.

Fonte: IMEA