Trituradores privados preferiram a safra velha brasileira de soja do que a dos EUA

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (11.05) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo 1,27% nos portos, para R$ 112,84/saca (contra R$ 111,42/saca do dia anterior). Com isto o ganho acumulado nos portos neste mês ficou em 8,94%.

Segundo a Consultoria ARC Mercosul, a soja no Brasil segue “aquecida”, impulsionada pelas exportações extremamente ativas: “Somente nesta última semana, o Brasil embarcou 3,35 milhões de toneladas da oleaginosa para fora do país, contra 430 mil toneladas embarcadas nos Estados Unidos e apenas 296 mil na Argentina”.

De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, no Rio Grande do Sul os preços recuperaram um dos dois reais/saca perdidos no dia útil anterior. Já no estado do Paraná, os preços subiram novamente, mas os agricultores se retraíram, assustados com a alta do Dólar.

CHINA

A China continuou a comprar mais carregamentos de soja dos EUA no final da semana passada, à medida que o país buscava cumprir metas sob o acordo da Fase Um através de “compras de boa vontade”, patrocinadas pelo Estado. “Isso apesar de os preços da soja brasileira permanecerem mais competitivos para embarque até setembro”, apontam os analistas da T&F.

“Enquanto isso, os trituradores privados preferiram a safra velha brasileira de soja do que a dos EUA para embarque entre agosto e outubro deste ano em melhor competitividade de preços. Tanto estatais quanto grandes empresas privadas contrataram mais safra de soja brasileira para 2021 na semana passada, à medida que o real brasileiro enfraqueceu em relação ao dólar”, afirma a T&F.

Fonte: Agrolink