As exportações brasileiras de carne suína encaram muitas incertezas enquanto seu maior mercado, a Rússia, bem como a China, buscam desenvolver sua própria produção interna, de acordo com a AHDB Pork – Conselho de desenvolvimento da agricultura do Reino Unido. A informação é do site E-feed Link.

No ano passado, a Rússia foi o destino de 43% das exportações brasileiras de carne suína. Desde 2012, o market share do Brasil cresceu 25%, em grande parte devido ao banimento russo à carne de diversos outros países. Além disso, desde 2012, as exportações brasileiras de carne suína para a China cresceram de 1% em 2012 para 8% em 2018, tendo um pico de 14% em 2016. Isso tornou a China o terceiro maior mercado de exportação para a suinocultura brasileira.

No entanto, o conselho de desenvolvimento da agricultura do Reino Unido declarou que Rússia e China, dominando as exportações brasileiras de carne suína, representam incertezas envolvendo o mercado brasileiro de exportações suínas no longo prazo. “Ambos países têm ambições no desenvolvimento da sua produção interna nos próximos anos, o que deverá reduzir significativamente a demanda por importações do produto”, disse a instituição.

Além disso, as exportações do Brasil para outros países registraram apenas leves mudanças nos últimos dez anos, e a entrada em novos mercados tem provado ser bastante difícil.

Nos últimos dez anos, o Brasil cresceu sua produção de carne suína cerca de três milhões de toneladas ao ano (equivalente ao peso da carcaça) para 3,75 milhões de toneladas em 2017. A maior parte desta produção é destinada ao mercado interno. Enquanto isso, as exportações anuais de carne in natura e congelada, até 2015, cresceram entre 400.000 – 500.000 toneladas. Em 2016, foram destinadas 629.000 toneladas para o mercado externo, bem como 593.000 toneladas em 2017.

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Tradução livre equipe Suino.com

Foto: James Tavares/Secom