Para analista, “o Brasil vai ter que pensar em alternativas para sobreviver sem a China”

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta segunda-feira (6), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada na primeira semana de dezembro (três dias úteis) registraram recuo tanto no comparativo com a semana anterior quanto com o mês de dezembro de 2020.

Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, estes dados seguem como um reflexo da China se afastando do mercado, como já fez com outros grandes players. “Aquele boom de exportação que a gente viveu em 2019/20, parece estar perto do final. O Brasil vai ter que pensar em alternativas para sobreviver sem a China”, disse.

A receita obtida com as exportações de carne suína por enquanto no mês de dezembro, US$ 21.065,476, representam 12,07% do montante obtido em todo dezembro de 2020, que foi de US$ 174.493,964. No caso do volume embarcado, as 9.167,884 toneladas são 12,7% do total exportado em dezembro do ano passado, quantia de 72.248,47 toneladas.

O faturamento por média diária por enquanto foi de US$ 7.021,825 quantia 11,47% menor do que dezembro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 15,8%.

No caso das toneladas por média diária, foram 3.055,961, houve retração de 6,94% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se baixa de 17,3%.

Já o preço pago por tonelada, US$ 2.297,746 na primeira semana de dezembro, é 4,86% inferior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 1,8%.

Carne suína é a velha questão de que a China está reduzindo as exportações, só não havia reduzido do Brasil, e isso já é um sintoma. Aquele boom de exportação que a gente viveu em 2019/20, parece estar perto do final. O Brasil vai ter que pensar em alternativas para sobreviver sem a China.

Fonte: Notícias Agrícolas