Expectativa de diminuição no consumo interno da proteína, somada ao aumento na produção, joga peso sobre as exportações.

De acordo com relatório do banco Itaú BBA referente às perspectivas para o agronegócio brasileiro em janeiro de 2021, para a carne suína o cenário é positivo, mas alguns pontos de atenção devem ser levados em conta. Um deles é a continuidade dos bons ritmos de exportação, tendo em vista a previsão do aumento de produção e uma possível diminuição do consumo interno.

O banco aponta que a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) previu que a produção nacional de carne suína deve crescer 2% em 2021, alcançando 4,4 milhões detoneladas, ao passo que, para as exportações, a estimativa é de uma expansão entre 5% a 10%, podendo alcançar 1,1 mi de toneladas, rompendo o recorde já atingido em 2020.

“Embora continue positivo o cenário para a suinocultura, os desafios de curto prazo serão a sustentação de preços no mercado interno diante de um ritmo crescente de abates, cotações ao consumidor em patamar elevado em relação há um ano com provável ausência do auxilio governamental, maior dependência chinesa nas exportações e preocupações com os custos dos grãos”, detalha o relatório.

Em relação à China, que foi responsável por praticamente metade das aquisições da carne suína brasileira, analistas do Itaú BBA explicam que, se por um lado a recuperação do rebanho chinês indique estar em alta velocidade, o mesmo não se pode dizer sobre o retorno dos preços da carne aos níveis normais por lá. A carne suína no atacado chinês voltou a subir (8,4%) em dezembro interrompendo as quedas dos últimos três meses.

Fonte: Notícias Agrícolas + Itaú/BBA