Analista pontua consequências para o mercado interno, uma vez que o suinocultor brasileiro já passa por dificuldades

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (17), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada na primeira semana de janeiro (10 dias úteis) seguem com o preço da tonelada em queda, mostrando a China em um movimento de renegociação de contratos.

Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias,o desempenho é preocupante, uma vez que a suinocultura brasileira está em crise, a margem dos produtores está desgastada e a China está menos presente no mercado.

“Querendo ou não, a China ainda vai comprar somas em carne, não como foi 2020 ou 2021, mas ainda assim um bom volume. O problema é a dependência do Brasil. Muito investimento foi feito para atender a demanda chinesa, e agora o gigante não precisa mais tanto assim da carne importada”.

A receita obtida com as exportações de carne suína por enquanto no mês de janeiro, US$ 79.306,271, representa 57,7% do montante obtido em todo janeiro de 2021, que foi de US$ 137.215,213. No caso do volume embarcado, as 36.176,277 toneladas são 64,8% do total exportado em janeiro do ano passado, quantia de 55.798,98 toneladas.

O faturamento por média diária por enquanto foi de US$ 7.930,627 quantia 15,59% maior do que janeiro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 8,12%.

No caso das toneladas por média diária, foram 3.617,627, houve avanço de 29,67% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 8,59%.

Já o preço pago por tonelada, US$ 2.192,217 neste janeiro, é 10,85% inferior ao praticado em janeiro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 0,52%.

Fonte: Notícias Agrícolas