O cenário da cultura da soja é bastante distinto no RS, dependendo da região onde é observada. No Norte, de forma geral, o visual das lavouras impressiona pelo porte e carga de vagens, confirmando o bom potencial produtivo. Porém, segundo técnicos, a definição dessa produção se dará em função da regularidade das precipitações nas próximas semanas, tendo em vista a predominância das lavouras na fase de enchimento de grãos (60% do total) que exigem atenção redobrada com relação ao desenvolvimento de doenças, principalmente a ferrugem, sendo esta já diagnosticada em diversas lavouras.

A maioria dos produtores já realizou duas aplicações de fungicida e muitos já realizaram a terceira aplicação. Técnicos têm orientado agricultores a não fazer o uso de inseticidas concomitante a esta aplicação, quando não constada a presença de pragas para as quais é necessário controle.

Ainda na Metade Norte, teve sequência a colheita das variedades precoces implantadas em setembro (percentual pouco expressivo da área total) com produtividade média superior a 50 sacas por hectare. Já a Metade Sul segue em situação de alerta, com significativo número de lavouras apresentando diminuição acentuada do potencial produtivo. O mais preocupante é que, por parte da meteorologia, não há prognóstico de chuva expressiva para esta parte do Estado, diminuindo consideravelmente a possibilidade de recuperação, por mínima que seja, das lavouras.

Nesse sentido a Emater/RS-Ascar segue monitorando e analisando as informações recebidas através do seu sistema de monitoramento (IPAN-Quinzenal), o que possibilitará uma avaliação mais precisa da situação e o respectivo impacto na produção do Estado. Os números deverão ser finalizados até a próxima semana. Os agricultores monitoram a culturas no que diz respeito à presença de pragas, principalmente o ácaro rajado.

Quando a doenças fúngicas o clima predominante seco proporciona condições para redução dessas moléstias.

Fonte: Emater/RS