Doença pode reduzir a produtividade do grão em até 80%

Devido à falta de chuvas, a ferrugem asiática não avançou nas lavouras brasileiras como em safras passadas. Embora o Consórcio Antiferrugem, tenha registrado 26 casos da doença, a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, assegura que é a situação é “tranquila” nas lavouras brasileiras. O fungo já foi encontrado em áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins. O Paraná concentra o maior número de ocorrências, com 8 casos.
“Como o fungo da ferrugem se dissemina pelo vento e precisa de umidade para infectar, mas tivemos períodos com pouca precipitação, isso desfavoreceu a doença, além da cultura do como um todo. Por isso, a situação está tranquila. A ferrugem é uma doença que precisa de precipitações bem distribuídas para ter um desenvolvimento epidêmico”, afirma.

Cláudia faz um alerta para que os produtores reforcem os cuidados na lavoura para evitar a incidência da doença, em um período próximo a colheita de grãos.

“As recomendações é de que o produtor faça um monitoramento para proteger a sua lavoura, pois muitas áreas já estão entrando no final do ciclo. A ferrugem é uma doença bastante severa, que pode causar um dano de até 80% na lavoura. Por isso, o produtor aprendeu a controlar bem a ferrugem, mas ele não pode descuidar”, adverte.

A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) da soja é a principal doença na cultura da soja e possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil. Entre as principais estratégias de manejo da doença estão: o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas.

Fonte: Agrolink com adaptação Suino.com