A safra de soja do Brasil 2019/20 foi estimada em 120,1 milhões de toneladas, enquanto as exportações do país na mesma temporada deverão atingir 71 milhões de toneladas, informou a consultoria INTL FCStone em nota na noite de quarta-feira, na qual apontou redução de cerca de 4 milhões de toneladas frente às suas estimativas anteriores de colheita e embarques.

“Esse ajuste é fruto de uma queda no rendimento no Rio Grande do Sul, que passou de 2,88 para 2,04 toneladas por hectare, devido às chuvas irregulares e escassas, aliadas a temperaturas elevadas, que prejudicaram fortemente o desenvolvimento da soja em muitas áreas”, afirmou a FCStone.

Apesar disso, leves aumentos foram apontados nas estimativas de colheita da oleaginosa para Estados como Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Piauí e Maranhão, o que impediu um recuo ainda maior da produção nacional.

No Mato Grosso, a expectativa é de recorde, com 34,5 milhões de toneladas de soja.

Ainda assim, a produção de soja do Brasil deverá superar a registrada na temporada anterior em cerca de 5 milhões de toneladas.

Para o milho, a consultoria manteve a estimativa de produção total praticamente estável, em 101,09 milhões de toneladas, considerando leve aumento no ciclo de verão combinado à queda projetada para a segunda safra.

Os ajustes da INTL FCStone em relação à primeira safra do cereal, agora estimada em 26,02 milhões de toneladas (alta de 1,4% em relação ao número de março), vieram motivados pelas perspectivas de melhores produtividades na região do Matopiba, com destaque para os Estados de Maranhão e Piauí.

Já na safrinha, a queda da produção veio em reposta à perspectiva de uma menor área plantada, principalmente em Minas Gerais. A produção total neste ciclo deve se consolidar 73,9 milhões de toneladas, volume 1% acima do produzido na temporada anterior.

No caso do milho, a previsão de exportação ficou em torno de 35 milhões de toneladas, ante um recorde de 41 milhões em 2018/19.

Fonte: Reuters

Valor de março deste ano também supera o faturamento de fevereiro em 8,8%; volume total embarcado teve bom resultado, mas médias diárias foram negativas em relação a fevereiro

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sobre o fechamento das exportações do mês de março, o desempenho do setor sunícola foi positivo. Em faturamento em relação à fevereito, houve aumento de 8,8%, e em comparação a março do ano passado, 61% a mais.

Em março foram arrecadasdos com a exportação de carne suína in natura US$ 155,9 milhões, 8,8% a mais que os US$ 143,3 milhões faturados em fevereiro e 61% superior aos US$ 96,8 milhõe sem março de 2019.

O valor pago por tonelada de produto, entretanto, teve uma queda de 0,1% em relação a fevereiro, quando o valor era de US$ 2464,6/ton. Mas os US$ 2463,4 pagos por tonelada em março desde ano foram 20,7% superiores aos US$ 2041,1/ton em março do ano passado.

O total de produto embarcado em março foi de 63,3 milhões de toneladas, 9% a mais que as 58,1 milhões de toneladas em fevereiro. A comparação com as 17,4 milhões de toneladas de março do ano passado mostra avanço de 33,5% no volume embarcado.

Nas médias diárias, os resultados da exportação de suínos foram negativos em comparação ao mês de fevereiro, mas positivos em relação a março de 2019. Há que se considerar que março de 2020 teve 22 dias úteis, fevereiro com 19 dias úteis e março de 2019, 18.

A média diária de valor em março desde ano foi de US$ 7,1 milhões, 11% a menos que os US$ 8 milhões registrados em fevereiro. Entretanto, na comparação com os US$ 5,1 milhões em março do ano passado, a quantia é 39,2% superior.

Sobre a média diária embarcada, ocorreu situação semelhante. Enquanto as 2,9 mil toneladas embarcadas em março foram 10,9% inferiores Às 3,9 mil toneladas em fevereiro, a quantia foi 15,3% maior do que as 2,5 mil toneladas na média diária em março de 2019.

Fonte: Notícias Agrícolas