A segunda safra de milho do Brasil em 2019/20 deverá atingir 72,6 milhões de toneladas, disse nesta segunda-feira a consultoria INTL FCStone, reduzindo sua projeção em 1,75% devido ao clima mais seco e às chuvas irregulares registradas em abril.

De acordo com a analista de inteligência de mercado da empresa, Ana Luiza Lodi, mesmo com o corte o nível de produção para a chamada “safrinha” —a principal do cereal no país— ainda é muito grande, embora o clima em maio tenha papel-chave na garantia do resultado.

A estimativa de safra de verão de milho, enquanto isso, foi elevada em 0,7% em relação às estimativas de abril, a 26,2 milhões de toneladas, impulsionada por uma revisão para cima na área plantada.

No que diz respeito ao balanço de oferta e demanda de milho no Brasil, a INTL FCStone destacou impactos da pandemia de coronavírus sobre o consumo de carnes —o ceral é amplamente utilizado como ração animal— e etanol, o que levou a uma redução nas estimativas para o consumo doméstico.

Agora, a consultoria vê o consumo de milho do país em 2019/20 em 68,5 milhões de toneladas, ante 70 milhões de toneladas projetadas anteriormente. Ainda assim, a cifra é 5% superior à vista na temporada passada.

Fonte: Reuters