A agência federal dos Estados Unidos FDA (Food and Drug Administration) deve proibir o uso da palavra “leite” para produtos que não são derivados de animais. Trata-se de uma vitória importante para indústria de laticínios, segundo o site Modern Farm.

As vendas de leite à base de plantas, como amêndoa, soja e leite de aveia, dispararam nos últimos anos. A Mintel, agência de pesquisa de mercado, estimou no início de 2018 que as vendas cresceram 61% desde 2012, enquanto as vendas de leite e produtos lácteos caíram 15% no mesmo período.

Os produtores de lácteos pedem por mudanças nas leis de rotulagem, insistindo que as bebidas à base de plantas não devem ser chamadas de leite. O argumento é que a rotulagem indica aos consumidores que as bebidas à base de plantas oferecem um perfil nutricional semelhante ao leite de vaca. As especificidades variam com base no produto e na característica da planta, mas, geralmente, as bebidas à base de plantas adicionam cálcio e vitamina D em quantidades semelhantes ao leite de vaca, porém menos proteína e, frequentemente, mais açúcar.

As vendas de lácteos têm caído devido a uma variedade de fatores: diminuição da demanda, aumento da conscientização sobre a intolerância à lactose, um enorme excesso de oferta e preços mais baixos. O aumento da disponibilidade de alternativas não lácteas poderia ser adicionado a essa lista.

Segundo os produtores de leite, os regulamentos são realmente bastante claros sobre o assunto: O Código de Regulamentos Federais define o leite como uma “secreção láctea”, que obviamente não se aplica ao leite de amêndoa ou soja. “Uma amêndoa não amamenta, vou confessar”, disse Scott Gotlieb, comissário da FDA.

Equipe Suino.com

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