Febre suína na China pode impulsionar mercado brasileiro
- 19 de dezembro de 2018
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O surto de um vírus letal que ameaça a produção de suínos na China pode beneficiar os exportadores brasileiros e norte-americanos, disse o diretor executivo da JBS SA nesta terça-feira, 18 de dezembro. A informação foi divulgada pelo The Pig Site.
Gilberto Tomazoni disse que o surto de peste suína pode mudar o panorama geral do comércio global de proteínas, interferindo não apenas os mercados de carne suína, mas também outros tipos de carne, como frango e carne bovina. “A China já aumentou significativamente as importações de carne suína do Brasil devido ao surto”, disse Tomazoni, que foi nomeado diretor executivo da JBS no início de dezembro.
Enquanto a China se esforça para controlar o que chama de crise sanitária, os exportadores de carne do Brasil e dos Estados Unidos podem se beneficiar, disse Tomazoni. A China, que já é o destino de cerca da metade das exportações brasileiras de carne suína, produz cerca de 55 milhões de toneladas anuais de carne, em comparação com cerca de 4 milhões de toneladas produzidos pelo Brasil.
A febre, que começou no início de agosto, estimulou uma campanha chinesa para conter o abate ilegal de suínos e construir mais matadouros em larga escala. A campanha durará de dezembro a maio do ano que vem, enquanto Pequim enfrenta a doença altamente contagiosa que ameaça o maior rebanho de suínos do mundo.
“Em nossa indústria, a segurança alimentar e os problemas sanitários têm um grande impacto”, disse Tomazoni, referindo-se a problemas na China, maior produtora e consumidora de carne suína do mundo.
Equipe Suino.com
