A Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp) manifestou sua preocupação com a decisão judicial de proibir o uso do herbicida Glifosato às vésperas da próxima safra. Em carta divulgada nesta semana pelo diretor-presidente da entidade, Jônadan Hsuan Min Ma explica que a federação, como entidade representativa dos produtores que fazem a Agricultura Sustentável no Brasil, não questiona a reavaliação toxicológica do Glifosato nem de qualquer outro produto. Entretanto, reforça que “qualquer decisão a ser tomada no campo legal e regulamentar seja embasada solidamente na Ciência e Tecnologia, com informações originadas em instituições credenciadas para tal e que se utilizam de metodologias científicas aceitas internacionalmente”.

Segundo Min Ma, pelo fato do Brasil ser um país tropical, a realização de uma Agricultura Sustentável depende da utilização de tecnologias como o Sistema Plantio Direto, que permite semear sem revolver o solo, que permanece coberto permanentemente com palha e plantas vivas. Também acrescenta que a diversidade de raízes promove o manejo biológico do solo ao invés do uso de arados e grades.

Neste caso, conforme ele, o herbicida Glifosato é utilizado mundialmente no manejo de mais de 150 ervas daninhas em superfície, desempenhando um papel crucial na viabilização do Sistema Plantio Direto no Brasil, evitando a mobilização e desgaste dos solos em grande escala.

“Sua retirada repentina do mercado causará graves impactos à agropecuária nacional, desde a diminuição drástica da produção de grãos até a volta dos problemas de erosão levando ao assoreamento dos rios em diversas regiões do país. Nesse sentido, esta federação solicita das autoridades e do poder judiciário que usem da razoabilidade possível no sentido de suspender tal proibição até melhor juízo num prazo mais elástico e com decisão embasada cientificamente”, concluiu.

 

Fonte: Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação – Febrapdp