Este mês se iniciou com cotações do frango vivo e da carne em alta em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, diferente do que foi observado em janeiro. No primeiro mês de 2019, as exportações da carne de frango recuaram frente a dezembro, elevando a oferta do produto no mercado doméstico e pressionando os valores com força.

O movimento de alta dos valores do frango vivo e da carne neste início de fevereiro é comum no período, uma vez que as redes atacadistas e varejistas intensificam as compras para atender à maior demanda nessa época – quando o poder de compra da população é favorecido pelo recebimento dos salários. Entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, o frango vivo negociado em São José do Rio Preto, teve valorização de 2,5%, com o animal negociado a R$ 2,89/kg.
No atacado da Grande São Paulo, no mesmo comparativo, os preços do frango inteiro congelado e resfriado subiram 5,4%, negociados a R$ 4,36 e R$ 4,31, em média, respectivamente, nessa quarta-feira, 6. A piora nas vendas externas em janeiro se deu principalmente pela retração das compras dos principais parceiros comerciais do Brasil.

De acordo com a Secex, em janeiro, foram embarcadas 267,1 mil toneladas da proteína de frango, quantidade 20% menor do que a negociada em dezembro. Em termos de receita, a queda foi ainda mais intensa, 25% abaixo do obtido pelo setor em dezembro, totalizando aproximadamente R$ 1,6 bilhão em janeiro.

Também segundo a Secex, no último mês, o Japão e a Arábia Saudita (principal compradora da carne de frango nacional) foram os países que mais reduziram o volume das importações do produto brasileiro: com total de 27,3 mil toneladas e 38,8 mil t no mês, 28% e 27% abaixo dos volumes negociados em dezembro, respectivamente.
Dentre outros países que também figuram como principais compradores e que reduziram as compras da proteína brasileira no último mês estão a China (9%) e os Emirados Árabes Unidos (5%). Diante desse cenário de queda nas exportações, os preços do frango vivo e da carne registraram forte baixa em janeiro, uma vez que o desaquecimento do consumo interno, que é tipicamente observado nesse período, também limitou as vendas da proteína no Brasil.

 

Fonte: Cepea