Enquanto saldo com a China em meio à pandemia, com os EUA a contribuição foi negativa

O superávit comercial do Brasil em 2020 foi de US$ 50,9 bilhões com suporte das commodities. Desse total, US$ 33,6 bilhões, ou seja 2/3 (66%), são da China, segundo o relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta sexta-feira (15).

“O aumento nas exportações de commodities direcionadas para a China atenuou a queda nas vendas externas em um ano de forte retração na demanda mundial”, disse em nota a FGV.

Em 2019, o superávit comercial do Brasil foi de US$ 48 bilhões e a China contribuiu com US$ 28,1 bilhões, ou seja, 58,5%. Enquanto que o saldo com a China cresceu mesmo em meio à pandemia, com os EUA a contribuição foi negativa em 2020 (US$ 2,7 bilhões), a União Europeia teve saldo positivo de US$ 1,5 bilhão e Argentina US$ 700 milhões.

As exportações de commodities tiveram uma queda de 5,8% em receita no comparativo anual, mas registrou um salto de 7,4% em volume no ano de 2020, segundo a FGV. Já as não-commodities recuaram 5,8% em valor e 13,5% em volume. As commodities responderam por mais de 60% do valor exportado pelo Brasil em 2020, maior participação da série histórica do Ministério da Economia, iniciada em 1998.

“A liderança anual do setor agropecuário nas exportações brasileiras é explicada pelo aumento de volume das exportações para a China”, explica a FGV.

Fonte: Notícias Agrícolas