Duas delas são só brasileiras; outras duas em parceria internacional; Já foram testadas em animais

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) trabalha em 4 projetos de vacinas próprias contra o novo coronavírus. Em 2 desses projetos, a fundação produzirá imunizante 100% brasileiros, da pesquisa à produção. As outras duas vacinas são produzidas em cooperação internacional.

O 1º projeto é conduzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) para o desenvolvimento de uma vacina sintética para o novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“A forma sintética da vacina foi escolhida por ser mais rápida, em comparação às metodologias tradicionais, pelo custo reduzido de produção, pela estabilidade da vacina para armazenagem e por não precisar de instalações de biossegurança nível 3 para as primeiras etapas de desenvolvimento (sendo necessárias somente a partir dos estudos pré-clínicos)“, afirma nota da Fiocruz.

Neste projeto, o imunizante contém pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos no processo de defesa do organismo.

Na 2ª vacina em desenvolvimento, a Friocruz injeta as proteínas S e N do SARS-CoV-2 no corpo humano, que produzirá as defesas contra o coronavírus. A proteína S é a que forma a coroa de espinhos que dão nome ao coronavírus, e a proteína N compõe o núcleo do vírus. As duas vacinas já passaram pelo teste em animais, “as duas vacinas já foram aprovadas na fase de imunogenicidade e toxicidade em animais, e produziram resposta imune sem prejudicar a saúde dos mesmos” disse a fundação em nota.

Agora, a fundação trabalha para identificar a vacina mais promissora para seguir para os testes clínicos e, posteriormente, oferecer à população brasileira.

Além destes, a Fiocruz também atua em outras duas parcerias internacionais de pesquisa e produção de vacinas, ambas com tecnologia de última geração. Um deles é para a produção de uma vacina baseada em RNA, em colaboração com uma empresa nacional e outra americana, que está em vias de entrar em fase clínica I no Brasil.

O outro imunizante é de célula T, de defesa contra vírus, baseada em peptídeos sintéticos em nanopartículas de ouro, que está sendo desenvolvido junto a uma empresa do Reino Unido, com estudos clínicos de fase I em andamento na Suíça.

Fonte: Poder360 com adaptações Suino.com