“Esse é o momento certo, em que temos que fazer isso. A sociedade, em geral, está percebendo que o agro é importante. Que, se não fosse nosso agro, o País estaria paralisado economicamente. Vamos aproveitar esse momento para dizer como a gente pode contribuir ainda mais”. Essa é a visão do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, sobre a importância de debater temas relevantes à agricultura e pecuária brasileira durante o Fórum do Agronegócio 2018, que acontece em Londrina, no dia 9 de abril. Em ano de eleições, a terceira edição do evento reunirá lideranças de vários segmentos do setor para discutitr o tema “O protagonismo do Agro brasileiro no mundo”. A realização é da Sociedade Rural do Paraná e M.Marchiori.

Ricken participará do debate “O agronegócio na nova sociedade: implicações e perspectivas para o Brasil”, juntamente com o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Roberto Rodrigues, será o expositor do debate, e os debatedores Luiz Carlos Correa Carvalho, presidente da ABAG; Ana Amélia Lemes, senadora; Alan Bojanic, Representante FAO Brasil; Cleber Oliveira Soares, Diretor de Inovação e Tecnologia Embrapa; e Luiz Gustavo Nussio, Diretor Esalq-USP. O moderador será o jornalista Fernando Lopes, do Valor Econômico.

O presidente do Sistema Ocepar diz que o protagonismo do Brasil já está bem definido, sendo prova disso “a importância que os mercados estão atribuindo ao Brasil”. “Não num sentido positivo, às vezes até é uma preocupação manifestada por eles. Inclusive que tem nos trazido vários problemas”, explica. Segundo ele, a questão ambiental é um exemplo. “Nenhum país fez o que nós fizemos mas permanece ainda aquela visão que estamos desmatando, queimando. Isso não corresponde à realidade”, afirma.

Mercado internacional

Ricken diz que os concorrentes do Brasil, no mercado internacional, usam essa propaganda negativa para prejudicar comercialmente o país. Países como Europa, Estados Unidos e Austrália, “onde o custo é maior que o nosso”, querem desmerecer a produção brasileira porque ela ocupa os espaços que antes eram deles. “Só as cooperativas brasileiras estão, hoje, comercializando em mais de 120 países. Tudo aquilo que é pressão contrária, é demonstração também da importância que nós temos”, afirma.

Para ele, a marca Agro Brasil é um trabalho que precisa ser desenvolvido de forma profissional e sistemática, para demonstrar aos mercados interno e externo o que realmente está sendo feito aqui. “Precisamos dizer às pessoas que só usamos 8% do território do país para produzir o que produzimos em grãos, por exemplo”, afirma. Segundo Ricken, isso apenas começou a se mostrado e é preciso intensificar essa divulgação. “Temos que divulgar que nós temos dois terços do país que vão ser reserva florestal para sempre, não vamos desmatar. Isso é uma forma de começar a tirar os argumentos daquelas ONGs que vem ao país muitas vezes financiadas por produtores de fora, até por tradings”, afirma.

Investimento 

De acordo com Ricken, existe até um investimento dos outros países – que se preocupam com a concorrência – para que se propague ideias negativas e isso precisa ser revertido positivamente. “Acho que, a nível externo, daria para melhorar muito nossa imagem em cima do Agro Brasil e modernizar as medidas positivas internas, pegar o Agro Mais que o MAPA está desenvolvendo, por exemplo, e ir a fundo, resolver a questão sanitária, de segurança alimentar e outras tarefas internas”, aponta. Outra questão, para o presidente, é desmistificar o urbano e rural. “Hoje não existe mais diferenças entre urbano e rural, temos que buscar o desenvolvimento regional. O agricultor mora na cidade trabalha no campo e vice-versa”, diz.

Conferência

Na programação do Fórum, consta ainda a conferência “O Brasil protagonista de uma nova história no Agro mundial”, com o presidente da Apex Brasil, Roberto Jaguaribe; e o painel “Inovação no Agro e na Agroindústria Brasileira: as demandas mundiais e os desafios na produção sustentável de alimentos”, com os painelistas Marcelo Vieira, Presidente SRB; Alysson Paolinelli, Presidente Abramilho; Marcos da Rosa, Presidente Aprosoja; Paulo Herrmann, Presidente John Deere; Pedro Lopes, Presidente ABCT; Mônika Bergarmaschi, Presidente IBISA; e Luiz Lourenço, Presidente Conselho Administração da Cocamar, com moderação do jornalista Tobias Ferraz, do Canal Terra Viva.

Parceria

O Fórum do Agronegócio 2018 tem como parceiros, desde a primeira edição, ABAG, ESALQ-USP, Embrapa, IBÁ (Industria Brasileira de Arvores), ABCZ, UEL, Sistema Ocepar, SRB, assim como os apoiadores o Governo do Estado do Paraná, Emater/SEAB e Iapar. A ExpoLondrina 2018 acontece de 5 a 15 de abril, no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (Norte do Paraná).

Fonte e foto: Assessoria de Imprensa do evento