Os desafios e oportunidades para o setor produtivo de grãos e de proteína animal foram debatidos no Fórum Mais Milho, nesta terça-feira, 13 de junho, no Centro de Eventos Plínio de Nes, em Chapecó-SC.

O Fórum Mais Milho reuniu os secretários da Agricultura de Santa Catarina Moacir Sopelsa, Paraná, Norberto Ortigara e Rio Grande do Sul Ernani Polo para discutir o equilíbrio entre a oferta e a demanda do grão no Sul do país. Os três estados do Sul são importantes produtores de carnes e leite e, por isso, grandes consumidores de milho – 75% da ração animal é formada pelo grão. Só o setor produtivo de carnes em Santa Catarina consome seis milhões de toneladas de milho/ano, ou seja, o dobro do que o estado produz.

Especialistas e representantes dos setores produtivos de grãos e de proteína animal debateram em três painéis o cenário da produção de milho no país e as alternativas para equilibrar a oferta e a demanda. Neri Geller, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também participou das discussões.

O Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, presente na abertura do evento declarou que o busca de equilíbrio é o ponto chave para a economia catarinense. “Estamos aqui para, juntos, apontar e construir caminhos para continuar plantando, cada vez mais, com produtividade e com rentabilidade para os produtores. Com isso, as indústrias se beneficiam e o fortalecimento do agronegócio é bom para Santa Catarina e bom para todo o Brasil. Nós precisamos disso”, afirmou Colombo.

Maior comprador de milho do país, Santa Catarina espera colher 3,2 milhões de toneladas do cereal nesta safra. Com 380,6 mil hectares plantados, a estimativa do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) é que a produtividade chegue a uma média de 141,6 sacas de milho por hectare.

O secretário Sopelsa defendeu a importância de uma aproximação entre os setores que produzem e que consomem milho e das políticas de incentivo à produção do insumo, a exemplo do que Santa Catarina tem feito por meio de parcerias entre o Governo do Estado e cooperativas e entidades de classe. “São medidas para incentivar o plantio de milho e, com isso, beneficiar a cadeia produtiva de setores consolidados em Santa Catarina, como a produção de suínos, de frango e de leite”, acrescentou.

Os painéis

Foram realizados três painéis durante a programação:

O primeiro painel discutiu “Políticas públicas que podem ajudar no equilíbrio financeiro da cultura do milho” – com a participação dos três secretários de agricultura da região Sul e a moderação feita pelo vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Glauber Silveira.

Na sequência, o segundo painel, “Como as indústrias e produtores podem buscar equilíbrio de preços do milho”- teve participação do economista e comentarista do Canal Rural, Ivan Wedekin; representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Odacir Zonta; presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, e o presidente da Coocam, João Carlos Di Domênico. O painel foi moderado pelo secretário adjunto da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies.

“Estímulos para o agricultor produzir milho – aspectos econômicos e técnicos” foi o tema do terceiro e último painel, com a participação do diretor estadual de Extensão Rural da Epagri, Paulo Lisboa Arruda; presidente da Fecoagro, Claudio Post; presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, e o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo. O comentarista do Canal Rural, Bendito Rosa, moderou o debate.

A 6ª edição do Fórum Mais Milho é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Milho – Abramilho, com transmissão ao vivo do Canal Rural.

Assessoria de Imprensa