Para limitar a propagação do vírus foi ordenada uma redução drástica de aves

A França enfrenta um surto considerado agudo de gripe aviária altamente patogênica (vírus H5N8). Desde o início do primeiro caso, em novembro do ano passado, já foram abatidos mais de 2 milhões de patos e outras aves.

A medida é para conter a proliferação do vírus. O país tem 418 focos confirmados, dos quais 406 em fazendas de aves no sudoeste, principalmente patos. Outros 12 casos de contágio foram localizados em outras regiões do país e mais 11 notificações estão relacionadas à vida selvagem, em uma ampla variedade de espécies (gansos, cisnes, gaivotas, urubus). Em toda Europa 18 países já registram casos da doença.

Segundo o governo francês, a estratégia de despovoamento com os abates já começa a dar frutos, com diminuição de novos casos em Landes, um dos primeiros locais de contaminação. A situação está mais controlada nos distritos ao redor. O ministério da Agricultura e Alimentação garantiu que as perdas materiais dos criadores de aves franceses serão compensadas em valores pelo governo, e diversos criadores já receberam adiantamentos.

Embora o sudoeste seja o foco das atenções, a vigilância continua sendo essencial em toda a área metropolitana. A descoberta, nos últimos dias, de cisnes infectados no departamento de Loire, acendeu o alerta de atividade contínua do vírus na vida selvagem. A Organização Mundial da Saúde não descarta a possibilidade de infecção de humanos pelo vírus H5N8. No entanto, a entidade informa que o risco é “provavelmente baixo”.

Fonte: Agrolink