No final da presente década, os principais exportadores de carne de frango estarão negociando, mundialmente, pouco mais de 17 milhões de toneladas do produto, perto de 5 milhões de toneladas a mais que a média estimada para o biênio 2018/2019. Desse adicional, quase a metade – mais exatamente, 46% – será exportada por um único país: o Brasil.

A projeção é do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) que, em recente estudo, avaliou que, por volta de 2029, os maiores exportadores mundiais de carne de frango – grupo que envolve Brasil, EUA, União Europeia, Tailândia, Rússia, Ucrânia, Argentina, Canadá, China e Turquia, além de um conjunto de países não especificados da antiga União Soviética e da América do Sul – deverão exportar 17,1 milhões de toneladas do produto, volume 38% superior à média estimada para o biênio 2018/2019 – cerca de 12,4 milhões de toneladas anuais.

Alguns desses países, registrarão índices de expansão no comércio da carne de frango bastante superiores à média mundial. E, neste caso, o país que deve registrar maior expansão é a Rússia, cujas exportações tendem a aumentar mais de 130% (de 140 mil/t para 324 mil/t). Igualmente significativos devem ser os aumentos da Tailândia e da Ucrânia, com expansão prevista em, respectivamente, 76% e 60%.

Ainda sob esse aspecto, o índice de incremento das exportações brasileiras será menor que o desses países, de 56,5%. Mas isto corresponde a um volume de, quase, 2,185 milhões de toneladas, ou seja, 46% do adicional mundial total previsto para 2029.

Com esse desempenho, as exportações brasileiras – que, no biênio 2018/19, representaram 31,2% do total mundial – subirão para 35% do total, expansão de 13% no espaço de uma década.

Naturalmente, com a pandemia que ora nos envolve, parte dessas projeções cai por terra. Mas não será o fim da humanidade. Além do que se está falando de algo essencial, de alimento proteico. Quem sobreviver poderá, ao final da década, checar até que ponto as atuais projeções se confirmaram.

Fonte: AviSite