No mês de dezembro de 2018, o índice da cesta de mercado total (Ipcmt), calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a partir do levantamento de preços de um conjunto fixo de produtos e quantidades adquiridas mensalmente por famílias de tamanho médio na capital paulista não apresentou alteração.

Separados por grupos, os produtos de origem animal sofreram queda de 0,13%. As carnes bovina e de frango apresentaram variação positiva de 0,86% e 4,22%, respectivamente, trajetória inversa à da carne suína que caiu 2,3%. Os produtos lácteos registraram a queda mais significativa deste levantamento (-2,25%), enquanto os ovos fecharam o último mês do ano em alta de 3,5%.

Os alimentos de origem vegetal, curiosamente, apresentaram a mesma variação, com sinal invertido (+0,13%). Entre as hortaliças, a batata merece destaque com o aumento mensal de 14,2%. Nas frutas, foram verificados acréscimos e quedas: o abacaxi, produto mais escasso no mercado, teve aumento de 13,11%, enquanto a manga, que está em safra, marcou redução de 8,01% nos preços médios.

Entre os básicos, observa-se que a variação de preços do feijão, em dezembro, pressionou o dispêndio familiar com um reajuste de 4,51%; em contrapartida, produtos importantes da cesta apresentaram queda, como, óleo de soja e o açúcar. O pão francês com redução de 2,95%, foi preponderante para o fechamento de -0,3% do grupo de produtos básicos, explica Vagner Azarias Martins, pesquisador do IEA.

Acumulado do ano
Em relação ao ano de 2018, os indicadores variaram abaixo da inflação oficial. O Ipcmt registrou alta de 2,62%, variação inferior ao índice nacional de inflação (Ipca/Ibge) que fechou em 3,75%. Os produtos de origem vegetal fecharam o ano com aumento de 3,46%, altamente influenciado pela variação de preços das hortaliças. O tomate foi o produto que mais aumentou, nos meses anteriores, outubro e novembro, subiu 39,1% e 25,94%, respectivamente. O alho foi reajustado em 18,15%, em outubro, e a cebola em 16,25%, em novembro.

O grupamento de proteína animal apresentou um aumento atípico, em junho, devido a paralisação dos caminhoneiros. O dispêndio do grupo de carnes variou apenas neste mês 7,79%, o frango resfriado (inteiro) registrou alta em junho de 21,03% em relação a maio, entre os produtos lácteos, o leite longa vida aumentou 9,91% e os ovos se valorizaram em 8,33%, com isso, o Ipcma do mês chegou a 8,55%. Em novembro houve queda de 2,60% no índice, com a estabilidade apurada neste mês de dezembro, o acumulado anual ficou em 1,57%, bem abaixo do Ipca em igual período.

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Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP)