A decisão do governo Trump de tarifar importações de máquinas de lavar e painéis solares da China pode gerar uma guerra comercial no setor de carnes. Os jornais de Washington e Pequim estão em chamas com avisos de que o “America First” tariffs poderia inflamar uma guerra comercial.

O site Global Meat News publicou entrevista com Fragkiskos Filippaios, especialista em comércio internacional da Universidade de Kent, no Reino Unido, na qual ele avalia o cenário e como as tensões crescentes poderiam envolver o comércio de carne. Confira a entrevista:

Por que estamos falando de uma guerra comercial entre a China e Estados Unidos?

Depois que a administração dos Estados Unidos decidiu a favor da introdução de barreiras comerciais nas importações de máquinas de lavar e de painéis de energia solar, a China e a Coreia do Sul disseram que resolveriam o problema através dos mecanismos da Organização Mundial do Comércio (OMC). No entanto, ainda não está certo que eles não possam decidir impor barreiras comerciais aos produtos originários dos Estados Unidos. Isso poderia levar a um efeito dominó, com tentativas bilaterais de retaliação.

Quem mais se beneficia no comércio de carnes – Estados Unidos ou China?

Os Estados Unidos estão com um déficit de cerca de US$ 4 bilhões e a China é um dos principais mercados de exportação para o país. A China recebe quase 6% das exportações anuais dos Estados Unidos, com uma taxa de crescimento de cerca de 50% desde 2011. A China exporta produtos de carne para os Estados Unidos, mas ao mesmo tempo, importa animais. Este gado é processado, e a carne é exportada para os Estados Unidos.

Então, quem seria o mais prejudicado em uma guerra comercial?

A probabilidade é de que ambas as partes sejam muito prejudicadas durante uma guerra comercial. Uma guerra comercial com barreiras e tarifas bilaterais, cotas e outros mecanismos administrativos – tornaria a carne mais cara para os consumidores dos Estados Unidos e prejudicaria as empresas chinesas.

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Tradução livre equipe Suino.com