O CoBank, que faz parte do sistema de crédito agrícola dos Estados Unidos, com sede em Denver, no Colorado, divulgou relatório trimestral com análises de como as tarifas impostas por parceiros comerciais amortecem as perspectivas para a economia agrícola local. A informação é do The Pig Site.

Apesar do crescimento econômico global maior desde 2011, a incerteza em torno do comércio tem gerado crescente preocupação para a agricultura dos Estados Unidos. Das exportações agrícolas norte-americanas, 70% destinam-se a países envolvidos nas disputas comerciais, revelou a Análise Econômica Rural do CoBank.

A realidade da guerra comercial reduz o otimismo do primeiro trimestre. Além de perder participação de mercado nos países emergentes, os Estados Unidos podem enfrentar mudanças com relação a compromissos históricos de mercado, à medida que os concorrentes buscam novos fornecedores em meio às atuais disputas comerciais.

China e México

Novas tarifas da China e do México a produtos agrícolas prejudicam as perspectivas da economia. Em meados de junho, a China anunciou tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões de bens importados dos Estados Unidos, incluindo soja. Essas tarifas devem entrar em vigor em 6 de julho e podem afetar severamente os preços. Outras culturas especializadas, como nozes e uvas, também podem enfrentar a perda de participação em valiosos mercados, devido à escalada de disputas comerciais.

A produção de proteína animal norte-americana está crescendo a níveis recordes, exigindo exportações robustas para evitar que os mercados internos sejam sobrecarregados. Os produtores de carne suína estão preocupados, já que as exportações representam 25% da produção de carne suína do país.

A indústria de laticínios está começando a ver alguns raios de esperança à medida que os preços sobem lentamente e as exportações atingem uma alta recorde de 18,8% da produção em abril. No entanto, em retaliação às novas tarifas de aço impostas pelos Estados Unidos, as tarifas do México para praticamente todos os tipos de queijo norte-americanos devem subir de 20% a 25% em 5 de julho. No ano passado, o México importou 212 milhões de quilos de queijo dos Estados Unidos – o que representa cerca de 30% das exportações.

Equipe Suino.com

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